CADA ATO DE DEFESA É UM ATO 
DE AUTO DEFINIÇÃO DE QUEM SOMOS!
Moisés defendiendo a las hijas de Jetró, de Sebastiano Ricci

CADA ATO DE DEFESA É UM ATO DE AUTO DEFINIÇÃO DE QUEM SOMOS!

O que fazemos para o outro é uma manifestação do que somos, e isso não tem meio termo, apenas uma coerência total.

Se temos para com o outro uma atitude violenta, impensada, negativa, brutal, seja da ordem que for, e classificamos ela como tendo sido feita por pura defesa, pois o outro estava invadindo nosso espaço, integridade, estamos invadindo a ideia original de totalidade, de sermos o todo, cada um de nós faz parte desse organismo e, se atingimos um, estamos atingindo a totalidade da qual somos parte, é um auto ataque incoerente.

Estamos nós mesmo causando uma série de desequilíbrios que fazem com que tantas violências no mundo ocorram pela falta de confiança e fé nas pessoas, porque justamente erramos na base do viver social, que é o respeito ao espaço e a diplomacia e respeito.

Sem isso, atitudes das mais simples até mesmo o matar outro ser humano se tornam normais, tudo em nome de uma auto defesa pessoal que tem se tornado corriqueira e panfletária em certo sentido, com muitas pessoas aderindo a estas ideias.

A ideia agora é armar todos os cidadãos, assim podem, em 'pé de igualdade com os bandidos', se proteger, dizem alguns apoiadores da medida.

Muitos de nós praticamos atitudes menores de corrupção cotidiana e colocamos como ressalva que o que fazemos é pequeno comparado ao que fazem os políticos (uma atitude de auto defesa numa sociedade assolada de corruptos e mais ainda de pseudos honestos)

A base de tudo está na falta de entendimento que fazemos parte de um todo, e que uma atitude minha afeta não apenas a mim mesmo, mas outras pessoas que fazem parte deste todo.

Como esse princípio se perdeu - ou na pode nunca ter existido-, tendemos a lutar constantemente pelo nosso espaço e direitos, mesmo que o outro tenha que sair da rota, se isso for necessário, e mesmo que eu tenha que ser melhor, mais poderoso, ter mais acesso.

Está tudo desequilibrado e querem dar mais potencial para a barbárie e a violência de todas as formas. Eis a doença da nossa sociedade: guerrear, competir e ganhar. Lemas essenciais; como amar - e não armar -, entender, respeitar até onde vai seu espaço, são necessidades urgentes.




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