CADA UM NO SEU MUNDO PARTICULAR

No mundo de hoje, devido à alta conectividade, vivemos um fenômeno de comunicação e interação jamais visto. Estamos conectados a todos que conhecemos e queremos, recebemos mensagens destas pessoas e estamos constantemente olhando para o celular.

Porém, acontece uma coisa que dificilmente as pesquisas de marketing vão apontar. Essas empresas de pesquisa não conseguem saber nosso estado emocional, não sabem o que pensamos da vida, como está nosso humor, nosso estado emocional e nossa postura diante da vida. Não sabem se a pessoas está feliz ou triste do outro lado da tela. Digo isso porque conseguem ter acesso a inúmeras informações sobre nossa vida, dados demográficos, os cursos que fizemos, os produtos que possuímos, os serviços que utilizamos, onde moramos, nossa idade, bairro, marca de carro, amigos, preferências, tipo de música, etc.. Com posse desses dados, planejam suas ações mercadológicas e almejam um retorno.

Entretanto, acertam muitas vezes e erram também porque não precisamos e não queremos aqueles produtos e serviços oferecidos. Esquecem-se que ainda gostamos e vamos muito naquela loja onde o atendente nos conhece há muitos anos. Esta loja não tem site, nem WhastApp, nem Facebook, quanto menos nos mandam e-mails avisando-nos das promoções. Mas sabem que somos e do que gostamos.

A questão que se coloca aqui é que tanto as empresas quanto as pessoas, nos julgam e nos avaliam pelas fotos que vêem e nos rastros que deixamos nas redes sociais, o que é algo absolutamente normal nos dias de hoje. Deve se atentar para o fato de que apesar de toda a parafernália tecnológica que nos acompanha, ainda existe uma forte conexão que estabelecemos com as pessoas através do contato pessoal que empreendemos em lojas que frequentamos. A simpatia das pessoas é ainda muito forte.

Somado a isso vemos que cada indivíduo vai construindo sua rede de relações pessoais, profissionais, sua família, amigos, colegas de trabalho, turma do time de futebol, colegas de associação, igreja, etc. e cada um se encontra naquela caixinha particular chamada celular, ansiosos por saber se esta rede de conhecidos curtiu aquela última foto que você postou. Cada um em seu mundo particular, mundo ainda indecifrável pelas empresas que fazem pesquisas.