CAMINHO DA LIBERTAÇÃO

CAMINHO DA LIBERTAÇÃO

           O Brasil se auto estagnou no tempo em comparação com outras nações desenvolvidas, em razão de vários fatores. A visão tupiniquim estreita de nossas elites políticas nunca priorizou um projeto de nação, e se concentrou no Sul e Sudeste, ignorando a Amazônia, a região mais rica do Brasil, um erro de origem que resultou no Brasil de hoje, cobiçado por nações ricas e por isso estrangulada por reservas, uma armadilha para estabelecer o seu domínio e uso.

O povo brasileiro do Sul/Sudeste que sempre se considerou “esperto”, viu o tempo passar, admirando a Europa e os EUA se desenvolverem, se satisfizeram em ter o melhor carnaval do mundo, com a conquista do campeonato mundial de futebol, enterraram a cabeça no buraco que nem a avestruz, enquanto o Brasil afundava, as favelas cresciam, e foram transformadas em bunkers do tráfico de drogas dominadas por bandidos de alta ferocidade e apoiadas por governantes irresponsáveis e desonestos. Esqueceram a Amazônia, esqueceram o desenvolvimento, esqueceram o saneamento, esqueceram a saúde, esqueceram a educação, mas não esqueceram de roubar. Os brasileiros são os únicos culpados pelo Brasil de hoje, mais ninguém, pois assistiram toda essa desgraça, quietos, permitiram que os comunistas tomassem o poder e o povo empobrecesse sem nenhuma reação.

           Em razão de sermos o que somos, estamos cercados no Brasil de políticas globalizantes, do meio ambiente, dos direitos humanos, dirigida prioritariamente para favorecer os índios, quilombolas e outros grupos semelhantes, políticas essas criadas por países ricos depois de terem alcançado o seu desenvolvimento econômico e social, não por serem bonzinhos, pois nunca foram. Antes, a história mostra, era um vale-tudo, ou seja, destruía-se florestas, matava-se índios, poluía-se os centros urbanos, ninguém perturbava ninguém, muito menos a imprensa. O certo é o seguinte: não pensamos e agimos como nós mesmos, pensamos e agimos conforme os outros nos impuseram. Mostramos ao mundo que não pensamos, não temos personalidade e vontade própria.

           Antes da Europa, dos Estados Unidos da América, do Canadá, do Japão, da Austrália, da Rússia e outros países alcançarem o desenvolvimento econômico e social, antes da globalização criada para servir os desenvolvidos através de normas de comércio e exigências impostas pelas políticas ambientais e de direitos humanos, os países desenvolvidos fizeram o que bem entenderam. Matavam índios, escravizavam povos, poluíam o meio ambiente, exploravam operários, ignoravam direitos humanos.

           O Brasil, os países africanos e outras regiões subdesenvolvidas, por uma série de razões, não acompanharam o desenvolvimento dos países ricos e desenvolvidos, ficaram muito atrás, e agora, entendendo que o desenvolvimento é o caminho para garantir qualidade de vida ao povo, estão enfrentando obstáculos quase intransponíveis para atingir esse objetivo, em razão das dificuldades e exigências emanadas dos países desenvolvidos, que se organizaram através da criação de um governo mundial.

           Como se vê, nenhum país rico e desenvolvido está interessado com o meio ambiente e muito menos com o índio, o quilombola e com a pobreza, se assim fosse todo os trilhões de dólares gastos com armamentos de destruição total, seria o suficiente para ajudar os países pobres e subdesenvolvidos a se desenvolver, a tirar o índio da selvageria e os quilombos da pobreza, a erradicar a fome e ajudar a despoluir os centros urbanos a nível mundial, pois a questão ambiental é localizada, tem que ser atacada nos centros urbanos, e não a nível global, pois a Terra está perfeita e sabe se cuidar. Essa preocupação e sentimento moral dos países ricos, não passa de uma enganação muito bem arquitetada.

            É de George Washington, Presidente dos Estados Unidos da América do Norte, a seguinte verdade: "Deveis ter sempre em vista que é loucura esperar de uma Nação favores desinteressados de outra e que tudo quanto uma Nação recebe como favor terá de pagar, mais tarde, com uma parte de sua independência. Não pode haver maior erro do que esperar favores reais de uma Nação a outra”. Nos dias de hoje, isso quer dizer que se o Brasil quiser dar continuidade a política ambiental, indigenista e de direitos humanos imposta pelos países ricos, dada sua total incapacidade de se nivelar a curto prazo ao desenvolvimento alcançado pelos países ricos, perderá, como já está perdendo a sua independência.

           As políticas globalizantes, enquanto estiver em jogo interesses econômico e mercado, são nocivas aos interesses do Brasil, pois o Brasil fica incapaz de aproveitar seus recursos naturais, o caminho mais rápido para se desenvolver e alcançar o nível de desenvolvimento da Europa, dos EUA, da Rússia, do Japão e de outros países desenvolvidos e ricos e se libertar das pressões.

           Caso o Brasil queira se desenvolver a curto prazo tem necessariamente de usar os seus recursos naturais e o seu espaço territorial agricultável disponível, não há outro caminho.

           O que está em jogo nessa questão de globalização, de política ambiental e de direitos humanos, não é a preocupação com a saúde ambiental da Terra, não é a preocupação com o ser humano que vive na sua maioria em palafitas, em casebres ou em morros, pois se assim fosse esses locais estariam saneados, e esses grupos humanos conscientizados de que não deveriam jogar o lixo nos rios e nas valas. O desvio da política ambiental e dos direitos humanos fica claro quando ONGs, apoiadas pela ONU destacam o quanto é essencial preservar as florestas virgens intactas existentes no mundo, e dão como exemplo a Floresta Amazônica, simplesmente ignorando as pessoas que vivem no interior da floresta e as pessoas que vivem desumanamente nos centros urbanos em geral. Certamente na Inglaterra, na França, na Itália, na Noruega e em outros países da Europa, como nos Estados Unidos, não existe preocupação com as florestas, pois na Europa não existe mais florestas e os seus habitantes não vivem em palafitas, em morros e casebres no meio da imundície. Considerando que a política ambiental tem como alvo a Amazônia, e os direitos humanos é uma miragem, pois passa por cima da realidade social de muitos países pobres e subdesenvolvidos, fica bem claro que essa é uma questão de supremacia econômica, ponto final.

           Por que a Europa e os Estados Unidos puderam se desenvolver utilizando seus recursos naturais ou saqueando recursos naturais de outras regiões, e ninguém os conteve, e o Brasil não pode? O desenvolvimento da Amazônia vai afetar a saúde da Terra e o desenvolvimento da Europa e EUA não afetaram? A Terra tem alguma coisa contra a Amazônia, discriminou a Amazônia? Ridículo!

O comportamento do Brasil diante desse quadro global dominador é ter coragem para dar início imediato a utilização de seus recursos naturais, sair da dependência globalizante e se tornar forte economicamente. Uma atitude para grandes líderes, grandes estadistas, homens de visão e de coragem e não fracotes idiotizados.

Comparo a atual realidade brasileira com o ocorrido com a borracha no passado com as devidas proporções, oportunidade que o Brasil deixou escapulir o seu desenvolvimento, entregando essa poderosa célula de desenvolvimento a outros países, satisfeito com o café. Agora não se trata de apenas uma célula, mas de muitas células econômicas vitais ao desenvolvimento econômico, por isso, cobiçadas por colonialistas históricos, agora transformado em governo mundial.

Armando Soares


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