CAPITALISMO SEM CAPITAL

CAPITALISMO SEM CAPITAL

A forma e a velocidade que a tecnologia avançou, e continua avançando, está mudando completamente a dinâmica do mercado. Estamos saindo de uma economia capitalista, onde o bem de maior valor é tangível (ex: ouro, petróleo e aço), está sujeito a escassez e sofre, portanto, influência direta da lei da oferta e da procura. Estamos migrando para uma economia compartilhada, onde o bem é intangível (ex: informação, ideia e acessos), acessar é muito mais importante que possuir e o maior valor de um produto não está associado ao seu custo de produção e sim à propriedade intelectual envolvida para produzi-lo.

A PCH International, uma empresa que atua no fornecimento de tudo que se refere a computadores, desde placa de circuito, desktops e até a embalagens de papelão que os empacota, tem como seu modelo operacional uma característica muito interessante. A sua inteligência está na gestão das informações de terceiros, eles possuem um banco de dados completo de todos os fornecedores do segmento, que possibilita oferecer aos seus clientes, entre eles Google, Gopro e 3M, a opção de terceirizar quase tudo. Liam Casey, CEO e fundador da empresa diz que:

"Você não precisa possuir mais nada. Nem uma fábrica, nem um armazém,
nem mesmo um escritório. Você precisa apenas de uma ideia e ser capaz
de comercializá-la. É isso."

No processo, Casey removeu um dos maiores fatores de risco em um negócio tradicional: o estoque.

As regras do jogo mudaram. Atualmente, uma ideia pode levar uma instituição consolidada, com anos de mercado, à falência em pouquíssimo tempo. A concorrência de muitas das empresas da Fortune 500, a lista das empresas com maior valor de mercado do mundo, está vindo, cada vez mais, de dois garotos em uma garagem com uma startup, alavancando tecnologia em crescimento exponencial. A estimativa é que em menos de 10 anos 40% das empresas da Fortune 500 não mais sobreviveriam. O gráfico abaixo apresenta quantos anos foram necessários para cada empresa atingir 1 bilhão como valor de mercado.

O fato é que as empresas que nasceram no auge do capitalismo acreditam que o mundo é previsível, que a base da competição é estável e que a vantagem, uma vez obtida, é sustentável. Portanto, elas adotam estratégias de posição que se baseiam em vantagens obtidas através de escala, diferenciação ou capacidades e são alcançadas por meio de análise abrangente e planejamento. Entretanto, cada vez mais, a volatilidade do mercado exige que a estratégia seja adaptativa, exigindo experimentação contínua uma vez que o planejamento não funciona em condições de rápida mudança e imprevisibilidade. Quando a previsão é difícil e a vantagem é de curta duração, a única proteção contra ruptura contínua é a prontidão e a capacidade de mudar a si mesmo diversas vezes.

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Erwin Romel Souza

CEO | COO | Diretor de Operação | Supply Chain | Conselheiro de Administração

4 a

Interessante como o texto continua atual. Estratégia adaptativa.

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