Carreira - uma passagem, não um lugar

Carreira - uma passagem, não um lugar

Neste mês estive conversando com um grupo de estagiários da empresa que trabalho sobre desenvolvimento e carreira. A atividade era colocar num post it onde você deseja estar daqui há 10 anos. Após a atividade tive a oportunidade de contar um pouco da minha história profissional, o que provavelmente desconstruiu tudo que eles estavam pensando e "sonhando" como modelo Y de carreira ideal. Um dos temas mais almejados de entendimento nas organizações é a gestão de carreira e temos conceitos e teorias excelentes para modelar o pensamento na criação desta expectativa. Contudo, vejo que a carreira precisa começar a ser menos questionada e mais respondida pelo próprio profissisonal ao longo de toda sua trajetória. Ela não é um lugar mitológico nem estático, mas sim o próprio trajeto que acaba te conduzindo para um lado ou outro da estrada. Quantas oportunidades temos todos os dias em nosso trabalho de manifestar para o nosso chefe nossos interesses e motivações, de perceber se o vento está virando ou não em nosso favor, de entregar resultados que sejam efetivos e diferenciados para os nossos processos, para nossa equipe? Portanto, para mim carreira significa manter o olhar no futuro, sabendo que ele pode a qualquer momento dar um giro de 180º e ainda assim ser resiliente suficiente para tentar de novo, buscar seu sonho, servir a sociedade onde quer que seja. Outro aspecto relevante neste tema é depositar em todo profissional a exclusiva responsabilidade de gerir sua carreira, independente da organização. A organização é sim responsável por dirigir a carreira das pessoas, mostrando potenciais espaços possíveis para "navegar", calibrando o quão perto ou longe você está do próximo degrau, dialogando abertamente e honestamente sobre possibilidades factíveis, para então o profissional munido de toda a informação tome a melhor decisão de onde tentar, por onde caminhar. E quando perceber que não dá mais...desculpe, vá navegar em outros mares e exercitar sua competência dirigindo outros "barcos". Infelizmente é lamentável perceber a quantidade de profissionais com anos de empresa, em sub-desempenho satisfatório, "segurando as pontas para pagar as contas" e reclamando que não tem oportunidade. Se a decisão de caminhar em inércia é sua, não deposite nos outros o ônus da sua estagnação.

Enfim, se pudesse dar um conselho no que tange a gestão de carreira, diria Enjoy the Road, mais do que olhe para cima; com certeza entregar o presente será a melhor maneira de adquirir novas competências, para qualquer que seja seu destino final.



Eric Lopes

Engenheiro Civil l Propostas | Orçamento l Engenheiro de Orçamentos II - HTB Engenharia

5 a

Sensacional !

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