Celebrando a Melhoria Contínua: Uma Jornada de Evolução na VLI

Ontem, tive a honra de participar como jurado dos trabalhos de Lean na Convenção de Melhoria Contínua da VLI Logística . Foi uma experiência que misturou nostalgia, aprendizado e inspiração.

Minha relação com a VLI é longa e cheia de significados. No início da minha carreira, fui estagiário na área de Qualidade da FCA (atual VLI). Ter a oportunidade de contribuir com o processo de gestão de uma empresa que abriu as portas para mim, quando ainda era um jovem estudante no último semestre da faculdade, é algo incrível. Foi ali que comecei a trilhar o caminho que me trouxe até aqui.

“NÃO SE ACOSTUME, AUMENTA O VOLUME!”

Durante o evento, foi emocionante reencontrar profissionais contemporâneos que continuam se dedicando à transformação cultural e de resultados da empresa. Lá no começo, a estrutura da VLI se concentrava em ferrovias e poucas unidades portuárias. Hoje, a VLI é uma potência multimodal em logística, conectando o Brasil com uma infraestrutura robusta que inclui ferrovias, portos e terminais rodoviários.

A evolução do sistema de gestão da VLI é um ponto forte que merece destaque. Em conversa com uma analista, ficou claro como essa transformação foi essencial para fortalecer a identidade da empresa e consolidar sua cultura.

Seja bem-vindo, MGV (Modelo de Gestão VLI)!

Uma Experiência de Aprendizado e Celebração

Participar de convenções de melhoria é algo que sempre me inspira. Esses eventos são mais do que uma apresentação de resultados; são uma celebração do trabalho das pessoas, da melhoria dos processos e da construção de resultados sustentáveis.

Ver os colaboradores se desafiando a aprender, experimentando novos métodos, estruturando apresentações e mostrando seus projetos é inspirador.

Para muitos, essa convenção é cheia de primeiras vezes: a primeira viagem de avião, a primeira estadia em um hotel ou o primeiro contato com líderes em um ambiente mais próximo.

Alguns projetos se destacaram pela complexidade e altos investimentos estruturantes, enquanto outros impressionaram pela simplicidade irritante

E foi incrível ver os líderes da VLI presentes, vibrantes e alinhados com a estratégia da empresa. O grito de “NÃO SE ACOSTUME, AUMENTA O VOLUME!” ressoou como um mantra de engajamento.

As convenções também revelam talentos ocultos – locutores, apresentadores, atores, roteiristas – e desenvolvem habilidades fundamentais, como solução de problemas, uso de ferramentas audiovisuais e criatividade em apresentações. É um ambiente de crescimento, aprendizado e valorização.

A Evolução dos Trabalhos

Essa foi minha quinta participação como jurado na Convenção de Melhoria Contínua da VLI, e é notável a evolução dos trabalhos. Pela primeira vez, foi possível prever os finalistas, dada a qualidade, a aderência ao método, à Filosofia Lean e os impressionantes resultados alcançados.

Alguns projetos se destacaram pela complexidade e altos investimentos estruturantes, enquanto outros impressionaram pela simplicidade irritante – como mencionado por um dos jurados.

Grupos de CCQ (Círculo de Controle de Qualidade) estão indo além do básico, explorando novas ferramentas e abordagens. Um exemplo marcante é a utilização da Matriz de Priorização GUT, que muitos adaptaram, adicionando o critério de Autonomia (originando a Matriz RAB - Rapidez, Autonomia e Benefício).

Lembro-me de sugerir a inclusão do critério de Autonomia durante minha experiência orientando grupos de CCQ na Vale. Talvez eu possa me considerar um dos pioneiros dessa adaptação 🧐🤓😀!

Agradeço à VLI pela confiança e a toda a equipe de Gestão pela organização impecável do evento e, em especial, à Ana Luisa Vargas pelo convite e pela confiança. Ontem foi, acima de tudo, um dia de aprendizado.

Matriz de Priorização GUT

A matriz de priorização GUT é uma ferramenta de gestão utilizada para identificar, avaliar e priorizar problemas, ações ou projetos, com base em três critérios principais:

1. Gravidade (G): Mede o impacto do problema ou situação caso não seja resolvido. Avalia a seriedade dos efeitos gerados, como prejuízos financeiros, riscos à segurança ou impacto na reputação. Geralmente, é classificado em uma escala de 1 a 5, onde 1 representa pouco grave e 5, extremamente grave.
2. Urgência (U): Indica o prazo necessário para resolver o problema. Reflete o quanto a solução precisa ser imediata para evitar consequências negativas. Também é avaliada em uma escala de 1 a 5, onde 1 é menos urgente e 5 é extremamente urgente.
3. Tendência (T): Considera o potencial de agravamento da situação ao longo do tempo, caso não seja resolvida. Uma tendência alta indica que o problema pode piorar significativamente. Classificada igualmente de 1 a 5.

Como usar a matriz GUT:

1. Liste todos os problemas, ações ou projetos a serem avaliados.
2. Atribua uma nota de 1 a 5 para cada critério (G, U e T) em cada item.
3. Multiplique as notas de Gravidade, Urgência e Tendência para calcular o índice GUT de cada item.
4. Ordene os itens pela pontuação do índice GUT, do maior para o menor.

Índice GUT = G x U x T

Benefícios:

• Ajuda na priorização objetiva e fundamentada.
• Facilita a tomada de decisão, especialmente em cenários com recursos limitados.
• Promove foco em questões que exigem maior atenção e impacto.

Exemplo:

Imagine que você tenha três problemas para resolver:

A matriz GUT é frequentemente associada a práticas de gestão da qualidade e tomada de decisão derivadas de princípios desenvolvidos por autores como Juran e outras referências clássicas de qualidade. Entretanto, não há uma atribuição formal a um único autor ou obra. Livros que podem mencionar ou tangenciar o uso da GUT incluem:

• Falconi, Vicente. TQC - Controle da Qualidade Total (No Estilo Japonês).
• Ishikawa, Kaoru. Controle da Qualidade Total na Indústria Japonesa.

Matriz de Priorização GUTA

A matriz GUTA não tem uma origem tão amplamente documentada quanto a matriz GUT, que foi amplamente difundida em livros de qualidade e gestão como parte do arsenal de ferramentas utilizadas em análises de priorização. A inclusão do critério Autonomia (A) parece ser uma adaptação posterior por profissionais e organizações para atender a necessidades específicas de viabilidade e execução.

O critério de Autonomia, que se refere ao grau de independência ou facilidade de tomar decisões e implementar ações sem depender de fatores externos, é útil para identificar a viabilidade de executar a ação de forma direta. Quanto maior a autonomia (nota alta), menos dependência de recursos, aprovações ou suporte de terceiros é necessária.

Índice GUTA = G x U x T x A

Infelizmente, não há uma fonte bibliográfica acadêmica ou referência única amplamente reconhecida para a matriz GUTA. Ela é citada em materiais de treinamento, consultorias e artigos online como uma evolução prática da matriz GUT. Sua origem pode estar associada ao uso prático no ambiente corporativo, em vez de ser uma metodologia formalizada por um autor específico.