Cenário Econômico e Político para o segundo trimestre
Em Café da Manhã da Veedha Investimento no qual participei hoje, assisti as palestras da economista chefe da XP, Zeina Latif e do cientista político Paulo Gama.
Dentre os pontos que na minha avaliação mereceram destaque, divido minha leitura dos temas abordados com vocês logo abaixo:
- O cenário continua muito indefinido entre os candidatos e isto só se modificará na medida em que começar a curta campanha eleitoral;
- O candidato com maior experiência política terá vantagens para levar adiante as reformas necessárias;
- Todos os candidatos tem em mente que as reformas estruturais são necessárias independente na sua matiz ideológica;
- A televisão continua sendo disparado o melhor veículo de informação para o eleitor definir seu voto com 37% vindo as mídias sociais em segundo lugar com 22%;
- Alckmin com o apoio do centrão, ficou praticamente com 50% do tempo de televisão, além de uma enxurrada de de inserções diárias. Diante do quadro atual os mais prejudicados serão Ciro Gomes e Marina Silva;
- Apesar da sociedade brasileira querer a renovação dos políticos, as regras que incluem o fundo partidário, inviabilizarão a tal renovação;
- As mulheres, como sempre serão o fiel da balança e definirão esta eleição. Por enquanto, são elas na grande maioria as que não definiram seu voto;
- A grande maioria dos eleitores decidem seu voto nos últimos três dias antes da eleição, principalmente no final de semana quando ocorre a votação;
- No quadro atual, a tendência é de não termos grandes surpresas nos ativos financeiros. Ao contrario de eleições anteriores não deverá ter disparada do dólar;
- A agenda de ajustes estruturais é absolutamente necessária e será feita. A dúvida é o tamanho da entrega para que o país não fique inviável;
- Reforma da previdência, tributária e gestão estará no radar de qualquer um e deverá ser implementada no primeiro ano de mandato. Depois deste período, pouco se poderá fazer;
- O Brasil perdeu o bônus demográfico e a partir de agora as gerações mais novas terá que carregar um piano bem pesado para fechar a conta da previdência;
- O nível de produtividade das empresas brasileiras está estagnada frente a outras economias similares e muito longe dos avanços da economia dos EU ou da China;
- Para melhorar a produtividade fatalmente temos que passar pela reforma tributária, diminuição da burocracia e investir em inovação, além de rever as políticas de incentivos;
- Para aumentar a produtividade deveremos passar por um processo de abertura comercial. O Brasil é um dos países mais fechados do mundo;
- O modelo de ensino deve ser repensado para a melhora da produtividade;
- Para revertermos o quadro em que o governo Dilma nos remeteu precisaremos pelo menos cinco anos de crescimento a taxa de 3% ao ano, o que é um grande desafio.
Todos estes pontos são provocações para uma reflexão sobre como encaminhar nosso voto e na medida do possível, gerar uma discussão com aqueles que estão a nossa volta.