Cerrado: berço das águas do Brasil
No último dia 11 de Setembro, foi comemorado o Dia Nacional do Cerrado. Segundo maior bioma da América do Sul, ocupando uma área de 2.036.448 km2, 22% do território nacional, o cerrado é um dos biomas mais devastados do mundo e assim como a Amazônia, também sobre com as queimadas e o desmatamento desenfreado.
Localizado no coração do Brasil, o Cerrado conecta três países da América do Sul e funciona como um elo entre quatro dos cinco biomas brasileiros (Amazônia, Caatinga, Mata Atlântica e Pantanal).
O Cerrado é considerado o berço das águas do Brasil, pois é onde nasce a maior parte das águas do país. Por conta de sua geografia de planalto e outros fatores, como o relevo, geologia e a cobertura vegetal da região, ele funciona como uma grande caixa d’água.
É do cerrado que dependem algumas das maiores bacias hidrográficas nacionais, como a Amazonas, Tocantins/Araguaia, São Francisco, Paraná e Paraguai, incluindo as águas que alimentam o Pantanal. Sem o cerrado pode faltar água e energia no Brasil.
O Cerrado é a região de savana mais rica do planeta. No entanto, ¼ do território nacional, de uma área de mais de dois milhões de quilômetros metros quadrados distribuídos por 11 estados brasileiros, resta menos da metade. Se o ritmo de desmatamento da segunda maior formação natural das Américas continuar, em 40 anos o Cerrado pode acabar.
Essa devastação é uma ameaça a milhares de plantas e animais, já que no Cerrado estão 5% das espécies do planeta e 30% da biodiversidade brasileira. Em média, uma em cada quatro espécies ameaçadas no país, vive no cerrado. A região também é o habitat de mais de cinco mil espécies brasileiras como o Lobo-Guará, o Tamanduá-Bandeira e a Onça-Pintada.
Preservar este importante bioma é o que vai garantir água para o País. É necessário diminuir imediatamente o desmatamento e ampliar as unidades de conservação. A qualidade de vida de 30 milhões de brasileiros está diretamente ligada à conservação do Cerrado.