Certificação sísmica
Em Portugal continental num cenário sísmico pessimista mas plausível podem morrer dezenas de milhar de pessoas e os prejuízos podem ser da ordem de grandeza do PIB. Cenários de sismos mais fracos mas com elevada probabilidade de ocorrência podem originar prejuízos materiais da ordem de 10000 milhões de euros (10 pontes Vasco da Gama) e centenas ou milhares de mortos. No entanto as principais consequências dos sismos podem ser significativamente reduzidas, pois a engenharia sísmica moderna tem a capacidade de dotar os edifícios e outras estruturas de resistência sísmica suficiente para assegurar a sua sobrevivência a sismos muito fortes.
Em Portugal, desde 1958 há legislação técnica que obriga ao cálculo sísmico de edifícios novos, mas não há mecanismos eficazes de fiscalização sistemática da sua aplicação no projecto e construção de edifícios correntes. No que diz respeito às obras de reabilitação de edifícios existentes, não há legislação técnica. Logo, até obras que reduzem a resistência sísmica dos edifícios são legais.
Desde Janeiro de 2000 que a Sociedade Portuguesa de Engenharia Sísmica (SPES) alerta a classe política para os erros das políticas de reabilitação urbana. Para corrigir situações como estas, é urgente regulamentar a obrigatoriedade de haver uma certificação sísmica dos edifícios.
Reportagem completa sobre: A Certificação sísmica dos edifícios em Portugal que está a ser preparada e ficará pronta até final do ano. https://www.idealista.pt/news/especiais/reportagens/2016/07/01/31010-certificacao-sismica-dos-edificios-esta-a-ser-preparada-e-ficara-pronta-ate-final-do