Charles Dickens, Dr. Seuss e Hans Christian Andersen

Na véspera de Natal, Ebenezer Scrooge, um rico e avarento contador, recebe uma visita inesperada: seu ex-sócio, Jacob Marley (interpretado por Fernando Haddad), morto há muitos anos. Marley, com ajuda de outros três companheiros querem ensinar Scrooge a ser menos ganancioso. O fantasma do Natal passado, Dólar, mostra a infância de Scrooge (BRL/USD 6,15); o do Natal presente, BOVX11, mostra as dificuldades atuais das pessoas em volta do velho (123.560 pontos); e o do Natal futuro, DI1F33, mostra ele morrendo sozinho (+58bps). Por sorte, ainda há tempo, e no final da peça, Scrooge muda suas atitudes, e passa a viver com espírito natalino.

Já Grinch, é uma criatura verde, mal-humorada e solitária, que vive perto de Whoville. Grinch odeia o Natal, e a população de Whoville, bem, eles gostam. Muito. Muito mesmo. Grinch então planeja um golpe, junto com seu cachorro, Max. Eles roubam todos os enfeites e presentes de Natal. Na manhã seguinte, os Whos não encontram os presentes (aprovação do pacote de cortes), mas não se abalam, comemoram e seguem felizes sem os bens materiais (short pacote Brasil).

E tem, é claro, Olaf, um boneco meio tonto, com ares de importância exagerada. Ele é branquinho e todo arredondado, com um cabelo parco e engraçado. No final da história, ele derrete. Bem, não exatamente ele, mas o governo de Olaf Scholz, ex-chanceler da Alemanha, caiu ao tentar aprovar um orçamento mais expansivo para 2025. Quem nasceu Scholz, nunca será Merkel. A Alemanha tem um histórico péssimo com expansão fiscal e hiper-inflação, e pelo menos por lá eles aprenderam a lição.

E, por fim, temos Papai Noel (Pai Natal, São Nicolau ou simplesmente Odin, mais ao norte durante o Yule). Um bom velhinho, barbudo, roupa vermelha e com uma lista na mão. Uma longa lista de quem é bonzinho e deve receber presentes e quem é malvado e deve receber... bem, coisas menos agradáveis. Recentemente ele tem um problema com a lista, e apesar de tentar colocar todo mundo na coluna de bonzinhos, a rena Rudolf (interpretada pela ata do COPOM) e a Mamãe Noel (interpretada pelo Mercado) temem que no Natal dos próximos anos, todos os nomes acabem ficando do outro lado. A inflação implícita de 5 anos para a janela que vai começar daqui 5 anos, uma medida conhecida como 5y5y breakeven, está sendo negociada à 7,70%. Ou seja, se você duvidar que a inflação média anual entre 2030 e 2035 vá ser de 7,70%, você deveria estar montando uma posição.