Chefe ou Líder? O que há em sua empresa?
Pessoal, segue mais um texto para reflexão. Esta semana falaremos sobre liderança, tema constantemente debatido e muito importante para as empresas em tempos tão competitivos.
Chefe ou Líder? O que há em sua empresa?
Ser “chefe” demanda dentre outras coisas, capacidade de influenciar pessoas por meio de atitudes que façam com que elas acreditem no ideal que é proposto. Antigamente, a figura do “chefe”, trazia entre os funcionários o temor de uma pessoa que utilizava sua posição para causar intimidação afim de alcançar os resultados desejados. As atitudes eram sempre voltadas aos interesses dos próprios chefes e organizações, sem a valorização dos colaboradores. Sua influência remetia não a um respeito mútuo, mas sim em um regime de poder, onde manda quem pode e obedece quem tem juízo literalmente.
Com as mudanças ocorridas nos últimos tempos devido a globalização, as empresas se viram obrigadas a mudar alguns conceitos e métodos aplicados no gerenciamento das pessoas. Desta necessidade surge o termo liderar. “Liderar”, ao contrário de “chefiar”, é exercer influência sobre as pessoas através de atitudes que os façam acreditar no ideal proposto, promovendo a valorização profissional e a relação interpessoal entre os seus liderados para a consequente obtenção de resultados. O líder tem uma visão global dos ambientes interno e externo, executa suas ações procurando alcançar o equilíbrio nos resultados para a empresa e colaboradores. Prioriza o trabalho colaborativo entre o time e coordena as ações dando liberdade de criação para os integrantes, incentivando a formulação de novos produtos e serviços, métodos e processos que visem agregar mais valor a empresa.
Fato é que muitas empresas ainda adotam o regime de “chefia” em suas organizações, visando exclusivamente os resultados com a prática do poder exacerbado e sem visão organizacional. Várias empresas prejudicam seus negócios com a escolha de líderes que muitas vezes não tem a competência profissional exigida pelo cargo, mas que ocupam a posição devido a fatores como amizade de longa data com o dono, funcionário mais antigo, indicações de parentes dentre outros. Os gestores que hoje elegem seus líderes a partir desses conceitos, certamente estarão fadados ao insucesso por se tratar de uma posição que tem influência sobre muitas opiniões dentro da empresa, podendo até, trazer o verdadeiro caos empresarial. Estes supostos líderes podem ser também chamados de gerentes tomadores de conta, ou seja, aquele que está ali para executar o que é padrão e tomar conta do negócio de forma superficial, sem olhar global e sem valorização das pessoas. Ele gera relatórios, tira pedidos, manda fazer as tarefas, mas tudo de forma individual e sem colaboração da equipe.
Tenho pra mim que líder não nasce pronto, como muitos acreditam. Ele é formado através de suas experiências de vida, situações diversas que vivenciamos na escola, trabalho, amizades, além dos estudos acadêmicos que dão o embasamento necessário para aplicação da liderança mediante ferramentas de gestão. As empresas tem que tomar por hábito, não só buscar profissionais já prontos, mas também passar a formá-los dentro do âmbito empresarial, dando a autonomia necessária para o desenvolvimento das habilidades, além de oportunidades de exercer de fato funções de liderança, mesmo que seja por pouco tempo. Isto fará com que o profissional ganhe mais confiança em suas atitudes e também proporcionará a ele a condição de peça importante para empresa, valorizando assim seu trabalho.
Portanto gestores pensem muito antes de colocarem qualquer pessoa para liderarem suas equipes!