Chegada do 5G desperta a atenção com a segurança cibernética
A primeira cidade brasileira a operar o 5G é Brasília. Depois será a vez de São Paulo, Porto Alegre, João Pessoa e Belo Horizonte de receberem a tecnologia, ainda com datas não confirmadas, mas com a expectativa de ser no final de setembro deste ano, em decorrência de um atraso na operação logística da implementação. O prazo anterior era 31 de julho.
Independentemente da conclusão deste calendário, o fato é que o início do 5G desperta a atenção com a segurança cibernética, uma vez que a tecnologia aumentará o número de pontos de acesso conectado às redes de sistemas, com destaque às “coisas conectadas” a partir das casas inteligentes, equipamentos de monitoramento de saúde nas instituições de Saúde, dispositivo pessoais vestíveis (Wearables), sem falar da agricultura e indústrias. Todos estes pontos poderão ser a porta de entrada para acessos não autorizados ou ataques criminosos às redes de sistemas das organizações.
Estas redes de sistemas já contam com a atenção das equipes de TI e de Segurança da Informação, mas é bom lembrar que os criminosos cibernéticos estão sempre preparados para encontrar uma brecha nestas redes para operar suas investidas, entre eles o de DDoS, que é ataque de negação de serviço, em uma tentativa de tornar os recursos de um sistema indisponíveis para os usuários.
O 5G impulsiona, de imediato, a necessidade de barrar a entrada de código maliciosos, principalmente por sua capacidade de fatiamento de redes utilizadas para a transmissão de dados, o que - certamente - aumenta os riscos.
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Atenção aos endpoints, os pontos de acesso aos sistemas
Os endpoints são os dispositivos utilizados pelas pessoas para acessar às redes de sistemas e de dados, e pode ser um dispositivo de mesa (um terminal de computador) ou móvel (smartphone ou notebook). Os pontos de acesso das coisas conectadas (Internet das Coisas, IoT) citados acima, são os novos endpoints e devem levar as equipes de TI e de Segurança da Informação a reforçarem suas estratégias de proteção das estruturas de sistemas, principalmente começando por implementar - ou fortalecer, se for o caso - de uma rede privada virtual (VPN) para criar uma passagem segura para a transmissão de dados em redes 5G. Todos os demais recursos de segurança já utilizados devem ser reforçados.
5G: já são mais de 701 milhões de conexões em todo o mundo
Dados divulgados pela 5G Americas, revelam que a quantidade de conexões 5G em todo o mundo chegou a 701 milhões ao final do primeiro trimestre de 2022, com previsão de superar 1,2 bilhão de conexões até o final deste ano. Um número realmente enorme.
Também de acordo com o relatório da Omdia, o mundo vem adicionando 303 milhões de novas conexões 5G em média a cada ano e poderá chegar a 1,3 bilhão de conexões até o final de 2022, quase dobrando este número em 2023, e chegar a 4,8 bilhões até o final de 2026. Desse total, 516 milhões devem vir da América do Norte e 301 milhões da América Latina e Caribe.
No Brasil estamos começando, mas em breve os nossos números também serão expressivos. Para garantir que tudo esteja bem, a atenção com a segurança das redes 5G deve estar no topo das prioridades de todos os envolvidos em sua operação.