CHOQUE ELÉTRICO.
imagem retirada da internet.

CHOQUE ELÉTRICO.


A norma regulamentadora Nr-10 e a norma técnica ABNT NBR-5410 tem como objetivo garantir a segurança de pessoas que direta e indiretamente interagem com instalações elétricas. O regulamento NR-10 impõe as ações mínimas e a norma técnica NBR 5410 impõe métodos para realizações das ações necessárias para que o risco de choque elétrico em instalações elétricas residenciais e industriais para pessoas que interagem direta e ou indiretamente seja o mínimo possível. E o risco mais eminente de uma instalação elétrica e o choque elétrico que somente no ano de 2019 foi responsável por 909 acidentes sendo 697 fatais. Dados da Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (ABRACOPEL).   

imagem do anuário ABRACOPEL.
fonte; Abracopel


 CHOQUE ELÉTRICO.

O choque elétrico ou perturbação, fibrilação que o corpo sente quando submetido a passagem da corrente elétrica e gerada quando ha falta de segurança nas instalações elétricas.

Não foi fornecido texto alternativo para esta imagem

Os efeitos ou danos causados pelo choque elétrico no corpo humano depende de vários fatores como percurso da corrente elétrica no corpo humano, intensidade da corrente elétrica, tempo de duração, área de contato, frequência da corrente elétrica, condições do corpo e da pele no instante do contato com a superfície energizada entre outros fatores.

Quando o corpo humano e submetido a passagem da corrente elétrica de alta intensidade, o corpo tem uma elevação de temperatura proporcional devido ao efeito Joule e cousa fibrilação cardíaca, parada respiratória e queimadura dos órgãos.

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Esta tabela da IEC demostra os danos do efeito do choque elétrico a um percurso da mão esquerda a sola dos pés com a intensidade da corrente elétrica em função do tempo.

A primeira coluna marcada de 0,1 a 0,5 mA o corpo humano não sofre nenhum dano a passagem da corrente elétrica.

Já na segunda coluna já observamos uma deformação na área reduzindo o tempo em função da intensidade da corrente, nessa região não ha nenhum efeito fisiológico perigoso. E nessa região que intendemos os 30 mA do dispositivo diferencial residual e o tempo máximo permitido pela IEC 61008 e IEC 61009 de 300 ms, observando o gráfico e justamente o ponto tangente da curva.

Acima de 500 mA já e considerado pela NR-10 como área ou condição inaceitável para os operadores e usuários de uma instalação elétrica.

A NR-10 fala em três níveis de proteção contra choque elétrico. Proteção básica, proteção supletiva e proteção adicional.

A proteção básica consiste em impedi contatos diretos as partes energizadas de uma instalação ou um equipamento. Um exemplo bom para entendermos este conceito e a de quadro de distribuição elétrica, que o próprio quadro e um invólucro, e uma placa de policarbonato que colocamos para impedir contatos aos barramentos, isolação e limitação da tensão.

A proteção supletiva e definida como a proteção contra contatos indiretos, quando a proteção básica não for suficiente a proteção supletiva garante a segurança dos trabalhadores e usuários conta o risco do choque elétrico. Equipotencialização e um bom aterramento das partes metálicas não destinadas à condução de eletricidade são exemplos desse nível de proteção, seccionamento automático da alimentação, isolação suplementar e separação elétrica.

A proteção adicional e aplicada em situações em que o risco tem maior potencial devido às condições do local e/ou do usuário e que as proteções básica e supletiva não são suficientes. Exemplos de proteção adicional, são: equipotencialização suplementar e uso de Interruptor Diferencial Residual IDR de alta sensibilidade.

  

A proteção contra choque elétrico e discutida há muito tempo, bem antes da publicação da primeira NR-10 na década de 70, e ate hoje vivenciamos muitos descasos por parte de projetistas, instaladores, fiscalizadores, fabricadores, usuários, etc. E com o surgimento de novas tecnologias de proteção, aperfeiçoamento de normas e regulamentos contínuos, facilidade de informação e o aparecimento de muitos novos dispositivos destinados à proteção contra choque elétrico, não fica muito claro o entendimento de como ainda a muitos acidentes fatais originado por choque elétrico.

Por todos esses aspectos, mesmo com á obrigatoriedade da comunicação do acidente do trabalho através da CAT, muitas empresas não tem esse hábito e controle, e esses casos não são devidamente registrados e levados à Previdência Social para fomentar os dados epidemiológicos oficiais. E a falta desses registros refletem diretamente na capacidade de prevenção de acidentes do trabalho por choque elétrico, que podem contribuir no controle dos riscos e da redução do número de casos de acidentes do trabalho leves, graves e fatais.

leandro barros

técnico em eletrotécnica.

4 a

Muito bom conteúdo

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