Cidades Criativas: 06 inputs para trabalhar a economia criativa local como proposta de valor
As cidades, por excelência, funcionam como “habitat” das classes criativas e dos empreendedores inovadores e, não à toa, figuram como palco do desenvolvimento econômico e social no século XXI. Desse movimento surge o contexto das Cidades Criativas, contudo, precisamos entender dois pontos: Classe Criativa e Cidade Criativa.
Podemos classificar como Classes Criativas o composto formado por pessoas que agregam valor econômico por meio de sua criatividade, ou seja, o uso do capital intelectual somado ao repertório cultural são atributos que permeiam o ofício e a vida dessas pessoas. As Cidades Criativas, por sua vez, consistem num sistema social, cultural e econômico no qual a criação de emprego, renda e riqueza estão alicerçadas na capacidade de geração de valor com a força do potencial criativo existente no território.
Podemos dizer que uma Cidade Criativa só pode ter essa alcunha quando seus habitantes são articulados a serem protagonistas do desenvolvimento local ao converter seu potencial criativo, capital intelectual e repertório cultural endógeno em processos inovadores que promovam a geração de emprego, renda e bem-estar.
Desde 2004 a Rede de Cidades Criativa da Unesco (UNESCO Creative Cities Network – UCCN em inglês), visa promover a cooperação entre as cidades que identificaram a criatividade como eixo estratégico para o desenvolvimento urbano sustentável. Ao todo são 246 cidades que formam a Rede, de mais de 80 países signatários da UNESCO/ONU, que se subdividem em sete áreas criativas: artesanato e arte folclórica, design, cinema, gastronomia, literatura, arte de mídia e música.
O Brasil conta com 12 cidades distribuídas em seis categorias: Gastronomia (Florianópolis -SC | Belém – PA | Belo Horizonte – MG | Paraty - RJ), Design (Brasília – DF | Curitiba – PR | Fortaleza – CE), Artesanato e Arte Folclórica (João Pessoa - PB), Cinema (Santos – SP), Música (Salvador – BA | Recife – PE), Artes Midiáticas (Campina Grande – PB).
Mas como trabalhar uma cidade para se tornar uma Cidade Criativa da UNESCO? Abaixo temos seis inputs que podem colaborar nesse processo:
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O desenvolvimento da criatividade leva tempo e não se eleva um território ao status de Cidade Criativa de um dia para o outro, ao contrário, exige um planejamento arrojado e pautado na valorização das pessoas e no estímulo de seu potencial criativo, todavia, é preciso começar e trabalhar por uma proposta de futuro factível. Trata-se de impulsionar uma economia da criatividade como parte de uma proposta de desenvolvimento local de uma economia criativa que faça sentido à dinâmica da cidade, às pessoas que nela vivem e, principalmente, contribua para geração de emprego, renda e bem-estar.
Artigo: Felipo Abreu, Analista do Sebrae Mato Grosso