Clipping - Oil&Gas - Jan 27, 2016
GOVERNO SINALIZA PERMITIR QUE ESTRANGEIRAS OPEREM NO PRÉ-SAL, DIZ IBP
O governo sinalizou a petroleiras estrangeiras com a possibilidade de que liderem projetos de exploração e produção de petróleo e gás no pré-sal, segundo o Instituto Brasileiro do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP). Hoje, por lei, apenas a Petrobras pode operar no pré-sal. Mas, segundo o presidente do instituto, que esteve reunido pela manhã desta segunda-feira (25) com a presidente Dilma Rousseff e com o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, o governo pretende permitir que outras companhias liderem investimentos na área, em casos de unitização, em que são descobertas reservas contínuas às de suas concessões.
O IBP estima a existência de reservas de 8 bilhões a 13 bilhões de barris em áreas de unitização, grande parte no pré-sal, que poderiam ser exploradas por companhias nacionais e estrangeiras além da Petrobras. O investimento estimado é de US$ 120 bilhões.
O fim da obrigatoriedade de a Petrobras ser a única operadora nessa região é debatido no Congresso, onde tramita projeto de lei do senador José Serra (PSDB-SP). O IBP reivindica a aprovação das mudanças, que ganham adeptos por conta da dificuldade de caixa e limitação de investimento pela Petrobras. A proposta, no entanto, esbarra em resistências políticas, já que o pré-sal e o seu desenvolvimento estatal são bandeiras políticas da presidente Dilma Rousseff.
A abertura para que estrangeiras entrem no pré-sal por meio da unitização significaria uma alteração de rota na condução do setor pela presidente. A discussão de casos específicos, como do campo de Gato do Mato, na Bacia de Campos, descoberto pela Shell, se estende há mais de um ano, sem que se tenha chegado a uma conclusão até agora.
A petroleira anglo-holandesa descobriu uma reserva que se estende abaixo da sua concessão, no pré-sal. Para que a Petrobras entrasse no projeto, como define a lei, a Shell poderia ser obrigada a abrir mão do campo onde já investiu, pois não há como manter duas estruturas de operação, como plataformas e equipamentos, de duas empresas, em um mesmo local.
Ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, o IBP afirmou que não comenta "questões específicas das empresas". Mas admitiu que ouviu de Dilma e Braga que o governo considera ter outros operadores, além da Petrobras, no pré-sal nos casos de unitização. Segundo o instituto, "o governo entendeu que precisa olhar atentamente essa questão da unitização".
Sem detalhar as medidas que serão tomadas para permitir a entrada de estrangeiras no pré-sal, Camargo, em entrevista coletiva para falar do que foi debatido hoje no encontro, disse apenas que a ideia é regulamentar a unitização e, possivelmente, promover leilões, ainda sem data para acontecer.
Fonte: JC/NE (do Estadão)
DILMA DÁ SINAL CLARO DE QUE REPETRO SERÁ ESTENDIDO, SEGUNDO IBP
A presidente Dilma Rousseff sinalizou, nesta segunda-feira, durante encontro com representantes do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP) que pretende estender a validade do Repetro, regime aduaneiro especial de exportação e de importação de bens destinados à indústria petrolífera que vence em 2019.
A informação é do presidente do IBP, Jorge Camargo, que esteve reunido hoje com a presidente da República e com o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga.
“Ela foi muito clara. A discussão sobre o Repetro é coisa muito binária, ou se estende ou não estende. Depende de um decreto, de uma ação governamental, mas saímos da reunião com entendimento claro de que o Repetro será estendido”, disse Camargo, durante teleconferência com jornalistas para detalhar o encontro.
Fonte: Valor
GOVERNO DEVE PRORROGAR ISENÇÃO DE IMPOSTOS PARA O SETOR DE PETRÓLEO
O presidente do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), Jorge Camargo, afirmou nesta segunda-feira (25) que o governo sinalizou com a prorrogação do prazo do Repetro, regime que isenta de impostos a compra de máquinas e equipamentos para o setor, que vence em 2019.
Segundo Camargo, este foi um dos temas discutidos em reunião na manhã desta segunda com a presidente Dilma Rousseff e com o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, e o secretário de petróleo e gás do ministério, Marco Antônio Martins Almeida.
"Para o setor de petróleo, 2019 é amanhã", disse Camargo, alegando que a falta de clareza sobre o sistema tributário aumenta o risco do investidor, uma vez que os projetos do setor são de longo prazo. O Repetro isenta equipamentos de impostos como Imposto de Importações, Imposto sobre Produtos Industrializados, PIS e Cofins, além de atuar na redução ou isenção do ICMS.
Foi criado para garantir condições de competição similares a outros países com carga tributária mais baixa e é válido para a aquisição tanto de bens importados quanto de bens nacionais, desde que destinados à exploração e produção de petróleo e gás.
O presidente do IBP se disse "otimista" com a abertura do governo ao diálogo em um momento de crise, com o petróleo em torno dos US$ 30 por barril.
"Saímos da reunião mais animados do que entramos. O governo mostra que está ciente da necessidade de aperfeiçoamentos legislativos e regulatórios para que o investimento volte a existir mesmo em ambiente mais restritivo", afirmou.
Na semana passada, o ministro Eduardo Braga adiantou que o governo está estudando medidas para melhorar a competitividade do setor de petróleo.
Neste sentido, já editou decreto que flexibiliza as regras de conteúdo local e barrou proposta da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) que aumentaria os royalties pagos pelas petroleiras.
Camargo disse ter discutido com Dilma uma "oportunidade" que pode gerar investimentos de até US$ 120 bilhões: a licitação de reservas que já foram descobertas mas ainda não têm concessionários, com volume estimado de petróleo e gás entre 8 e 10 bilhões de barris.
Este volume está em reservatórios que se estendem para além das áreas de concessão licitadas pela ANP. Como as reservas pertencem à União, a lei prevê que sejam licitadas pelo regime de partilha da produção, no qual a Petrobras é operadora exclusiva e tem direito a uma parcela mínima de 30% dos consórcios.
Os vencedores dos leilões terão que negociar com as concessionárias que detêm a parte das jazidas que estão dentro das áreas de concessão para definir qual a parcela de cada grupo nos investimentos e no petróleo produzido.
O presidente do IBP disse que o governo convocou nova reunião na semana que vem para discutir o tema e avaliar os aperfeiçoamentos regulatórios que permitam a exploração das reservas. "Não é um assunto trivial", afirmou. Segundo ele, porém, não há ainda sinal de quando serão realizados os leilões.
Fonte: Folha
ANÚNCIO PARA ESTÍMULO À INDÚSTRIA DO PETRÓLEO DEVE FICAR PARA A SEMANA QUE VEM
Embora o governo corra para fechar os detalhes do pacote de medidas regulatórias para estimular investimentos no setor de petróleo e gás, o secretário de petróleo, gás natural de combustíveis renováveis do Ministério de Minas e Energia, Marco Antônio Almeida, disse nesta segunda-feira, 25, achar difícil que as ações sejam anunciadas ainda esta semana.
"Não posso adiantar nenhuma medida porque a decisão ainda não está fechada. Está muito perto de ser decidido, faltam apenas detalhes. Acho que as medidas podem ser anunciadas na próxima semana ou na outra", disse o secretário. "Nessa semana acho difícil porque a equipe do MME tem uma viagem marcada para a Bolívia para discutir o fornecimento de gás", acrescentou.
Mais cedo, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, disse que as prometidas medidas para o setor ainda serão discutidas com o Ministério da Fazenda antes de serem anunciadas. Após reunião com a presidente Dilma Rousseff e representantes do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), o ministro disse que as ações em estudo não incluem nem desonerações nem subsídios à cadeia do setor.
"Tivemos uma ótima reunião para avaliarmos a medidas que já saíram na semana passada, como o decreto para conteúdo local e a manutenção da metodologia de cálculo do preço mínimo para o pagamento de royalties e Participação Especial", relatou Braga pela manhã, ao voltar para o MME.
Segundo ele, todos os documentos referentes às novas propostas em estudo estão sendo enviados ainda hoje para a análise pelo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa. "O ministro Barbosa estava em Davos e agora vai se reunir também com o MME. Também faremos mais uma reunião com o IBP sobre as propostas. Haverá uma segunda rodada de discussão ainda esta semana", acrescentou o ministro.
Fonte: Estadão
CONFIANÇA DE PETROLEIRAS E FORNECEDORES CAI NO BRASIL
O agravamento da crise político-econômica no Brasil e a persistência do cenário de baixa do preço do petróleo estão derrubando os índices de confiança da indústria brasileira de petróleo e gás a patamares ainda menores que os do ano passado e já reforçam a intenção das empresas de recorrer a novos cortes de pessoal em 2016. Essa é a conclusão de um estudo da consultoria norueguesa DNV GL, que mostra que as petroleiras e fornecedores continuam preocupados em reduzir investimentos e gastos operacionais, mas que também começam a priorizar estratégias para aumentar a eficiência de seus negócios no longo prazo.
Segundo a DNV GL, a confiança da indústria brasileira de petróleo e gás caiu 12 pontos percentuais desde o ano passado, de 28% para 16% - índices bem abaixo da média global de 30%. Para Alex Imperial, gerente regional de Óleo e Gás da DNV GL na América do Sul, o resultado da pesquisa global de intenção, realizada com 921 executivos do setor e com 50 empresas brasileiras, reflete não só a preocupação previsível do mercado com os preços baixos do barril do petróleo, mas também uma desconfiança maior dos brasileiros com a crise doméstica. Ontem, o barril do tipo Brent fechou a US$ 31,31, com queda de 4,66%.
"Temos alguns aspectos internos que contribuem para isso, como a Operação Lava-Jato, que impacta fortemente a indústria de óleo e gás. Além disso, temos uma crise econômica doméstica e uma crise política que de certa forma acabam impactando. Discussões importantes para fomentar o setor de óleo e gás num momento de crise acabam em segundo plano", avalia.
Essa percepção negativa da indústria nacional, segundo ele, mostra um setor mais propenso a cortar custos, seja por meio de demissões, seja a partir da redução de investimentos. De acordo com o relatório da DNV GL, cresceu a intenção das empresas de reduzirem seu quadros pessoais em 2016: ao todo, 31% dos entrevistados brasileiros disseram que reduzir pessoal está na prioridade de suas estratégias para cortar custos, contra uma intenção de 21% no ano passado. "Olhando para o curto prazo, a principal prioridade da indústria continua sendo cortar pessoal. Houve um aumento da intenção, até porque a situação continua se deteriorando", disse Imperial.
O consultor destacou também que o cenário de baixa dos preços do barril estimulará as empresas a mudar o foco da otimização dos investimentos para a eficiência operacional: 58% dos entrevistados brasileiros concordam que essa é a tendência, contra a média global de 46%. "A indústria brasileira continua com certo foco no gerenciamento de investimentos, mas começa a expandir seu olhar para o opex [operação e manutenção] e a intensificar corte de pessoal", resume.
O gerente da DNL GL alerta que o pensamento na redução de custos traz preocupações sobre a segurança operacional, mas que o relatório também traz pontos positivos, como a maior preocupação com o longo prazo. "Fica muito nítido que as medidas de curto prazo que a indústria brasileira vem tomando para lidar com essa crise estão sendo balanceadas com medidas de mais longo prazo. Isso é fundamental para a sustentabilidade da indústria", comenta.
Ao todo, segundo a norueguesa, 82% dos entrevistados no país estão preparando suas empresas para um período mais longo de preços baixos do petróleo (a média global é de 73%). "O fato de prever que a crise é duradoura é o ponto de partida para a adoção de medidas de longo prazo. Mostra que medidas de curto prazo não são suficientes", complementa.
Entre as estratégias de curto prazo, Imperial lembra que a redução de pessoal e de investimentos e a pressão sobre a cadeia de fornecimento, incluindo a renegociação de contratos, são medidas que certamente terão impacto sobre a sustentabilidade da indústria daqui a dois ou três anos. Mas de acordo com ele, os investidores brasileiros têm revelado interesse maior em medidas de longo alcance como padronização e continuação nos investimentos em pesquisa e desenvolvimento.
Fonte: Valor
LAVA-JATO COLOCA CIDADES NO TOPO DO DESEMPREGO
Maragogipe, na Bahia, a 130 quilômetros de Salvador, lidera a estatística dos municípios brasileiros que proporcionalmente mais perderam empregos com carteira assinada em 2015, segundo levantamento feito pelo Valor que considerou as mil localidades com mais vagas formais no país.
No início do ano passado, a cidade empregava 4.806 trabalhadores com carteira assinada. A combinação da Operação Lava-Jato com a crise no setor de petróleo, com fortes consequências sobre as operações e os investimentos da Petrobras - além da recessão, que provocou demissões em todo o país -, fez a cidade fechar 3.588 vagas formais, 75% do total, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
A exemplo de outras cidades do topo do ranking, como Altamira, no Pará, e Ipojuca, em Pernambuco, o fim de grandes obras de construção deixou um expressivo contingente de desempregados na construção civil, setor que proporcionalmente mais demitiu em 2015.
Nas mineiras Itabira e Itabirito, o fim das obras de um projeto de ampliação e recuperação de minas da Vale desempregou milhares de pessoas na construção civil e foi potencializado pela queda no preço do minério de ferro.
Boa parte da mão de obra contratada para esses grandes projetos é composta de migrantes que acabam ficando na região por falta de opção de trabalho em outras cidades, o que pressiona ainda mais os cofres empobrecidos das prefeituras. Itaboraí, no Rio de Janeiro, encerrou o ano com saldo negativo de 15,3 mil vagas, 36,8% do total de dezembro de 2014, por conta da paralisação das obras do polo petroquímico do Comperj. "Muita gente ainda está aqui porque não há outras grandes obras. Os estaleiros estão parados", diz o secretário de Desenvolvimento Econômico, Luiz Fernando Guimarães. A arrecadação do Imposto sobre Serviços (ISS), segundo o secretário, caiu 47%. A prefeitura em crise já demitiu dois mil funcionários comissionados e reduziu em 20% a remuneração dos que ficaram.
Fonte: Valor
SBM FECHA ACORDO COM MP E PAGA R$ 500 MIL EM MULTAS
Por André Ramalho | Do Rio
A holandesa SBM Offshore aceitou fechar um acordo extrajudicial com o Ministério Público Federal (MPF), no valor de R$ 500 mil, para encerrar denúncias contra dois executivos da companhia por favorecimento pessoal, informou ontem a empresa. O presidente executivo da fornecedora, Bruno Chabas, e o membro do conselho de Administração da companhia, Sietze Hepkema, foram denunciados em dezembro, junto com outras dez pessoas investigadas por envolvimento num esquema de pagamento de propinas a funcionários da Petrobras entre 1997 e 2012, para obtenção de vantagens ilícitas nas licitações da estatal.
Na ocasião, o Ministério Público alegou que Chabas e Hepkema adotaram condutas tendentes a evitar ação penal contra algumas das pessoas envolvidas nas investigações. A SBM, por sua vez, defende que os dois executivos entraram na companhia apenas em 2012, após o período investigado pelo MPF.
Em nota, a fornecedora holandesa destacou, ainda, que o acordo não prevê reconhecimento de culpa e que a SBM reitera que as acusações não têm fundamento. A empresa, no entanto, acredita que aceitar o acordo proposto é uma "oportunidade pragmática" para encerrar o problema e, assim, evitar processos judiciais longos e onerosos.
A SBM informou, ainda, que o acordo extrajudicial foi proposto pelo MPF este mês e que ainda depende da confirmação do juiz responsável pelo caso. Ao todo, a companhia pagará R$ 250 mil para pôr fim ao processo contra Chabas, mais R$ 250 mil para encerrar as denúncias contra Hepkema. O conselho fiscal da companhia reiterou, ainda, sua declaração de apoio aos dois executivos.
Em dezembro, o MPF denunciou 12 pessoas por envolvimento no esquema de pagamento de propinas da SBM a funcionários da Petrobras, a partir da coleta de acusações feitas na delação premiada do lobista Júlio Faerman, representante da SBM no esquema de corrupção apurado.
Além de Chabas e Hepkema, o Ministério Público também denunciou por favorecimento pessoal Philippe Jacques Levy, que atuava como representante da SBM no Brasil. Já Robert Zubiate, vice presidente da SBM para as Américas, e os ex-funcionários da holandesa Didier Keller e Anthony Mace, hoje aposentados, foram denunciados por corrupção ativa e associação criminosa.
Segundo as investigações, Zubiate dividia subornos com um funcionário da Petrobras, Paulo Carneiro, pagos pelo representante Faerman, em contratos para afretamento das plataformas "FPSO II" (1997), Cidade de Anchieta (2000), Brasil (2000), Marlim Sul (2004) e Capixaba (2006). Zubiate e Caneiro recebiam, cada um, 0,25% do valor de cada contrato entre SBM e Petrobras.
SETOR DE PETRÓLEO PEDE A DILMA INCENTIVO E UNITIZAÇÃO PARA RETOMAR INVESTIMENTOS
Jorge Camargo, presidente do (IBP), esteve ontem em Brasília com a presidente Dilma e o ministro Eduardo Braga
O setor de óleo e gás espera que a presidente Dilma Rousseff anuncie a prorrogação da validade do Repetro, regime aduaneiro especial que isenta bens destinados à indústria petrolífera de impostos federais até 2019, e que o governo regulamente o processo de unitização de campos já concedidos com áreas da União ainda não licitadas, para estimular a retomada dos investimentos do setor. Segundo Jorge Camargo, presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), estes foram um dos principais assuntos discutidos ontem durante o encontro entre os representantes das petroleiras e Dilma, em Brasília.
Ainda de acordo com Camargo, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, marcou para a semana que vem uma reunião de trabalho para avançar com a regulamentação da unitização, processo que ocorre quando as reservas de óleo e gás descobertas em uma determinada área avançam para além dos limites geográficos estabelecidos para o bloco.
Nos casos em que a reserva avança sobre outra área concedida, as empresas que operam os dois blocos negociam os termos da divisão da produção unificada. A principal dúvida do setor é se o operador privado de uma áreas cujas descobertas se estendem para o pré-sal têm o direito de operar a área adjacente a sua descoberta ou se a União tem de repassar a operação dessa área contígua, ainda não contratada, à Petrobras - por lei, a operadora única do pré-sal.
O IBP acredita que a regulamentação da unitização possa destravar investimentos de US$ 120 bilhões. "Calculamos que haja entre 8 bilhões a 10 bilhões de barris de petróleo descobertos que dependem dessa regulamentação para serem desenvolvidos", disse.
O executivo disse, ainda, que Dilma foi muita clara quanto à prorrogação da validade do Repetro. "A discussão sobre o Repetro é coisa muito binária, ou se estende ou não estende. Depende de um decreto, de uma ação governamental, mas saímos da reunião com entendimento claro de que o Repetro será estendido", contou.
O presidente do IBP definiu a reunião com a presidente Dilma como um "encontro franco" e ressaltou a importância da abertura do canal com o governo. Durante o encontro, foram discutidos, ainda, ajustes na política de conteúdo local e o pleito da indústria a favor do fim da operação única da Petrobras no regime de partilha.
"Saímos mais animados do que quando entramos. Foram discutidos todos os assuntos que podem afetar positiva ou negativamente a indústria. Não houve assunto proibido, foi um reunião franca na busca por soluções", disse Camargo. "Conversamos de tudo, até esse tema delicado [operação única]", complementou.
Já o ministro Braga disse que o governo ainda está "conversando com o setor" sobre as medidas de estímulo que estão sendo elaboradas e informou aos jornalistas que não se trata de definir um plano de desoneração ou de criação de subsídios para a atividade de exploração e produção. "Estamos falando de estímulos de maneira geral, o que inclui questões regulatórias, em momentos de preços baixos do barril", afirmou.
O secretário Marco Antonio Almeida, por sua vez, destacou que o anúncio das medidas de estímulo à indústria petrolífera deve levar "uma ou duas semanas". Segundo ele, ainda há pontos a serem fechados.
Fonte: Valor
OPEP AVALIA NECESSIDADE DE REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA, DIZ CATAR
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) está avaliando a necessidade de uma reunião extraordinária depois de receber um pedido para a realização de um encontro devido a uma queda acentuada dos preços do petróleo, afirmou nesta segunda-feira o ministro da Energia do Catar, Mohammed al-Sada.
"Recebemos um pedido e ministros do Petróleo estão discutindo isso", afirmou Sada. O Catar detém a presidência rotativa da Opep neste ano.
Questionado se a reunião seria uma boa ideia, o ministro respondeu: "Está sendo avaliada".
Fonte: Reuters
OPEP DEFENDE QUE NÃO MEMBROS DEVEM AJUDAR A REDUZIR EXCESSO DE ESTOQUES GLOBAIS
Membros e não membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) precisam trabalhar em conjunto para enfrentar o excesso de estoques globais da commodity para que os preços se recuperem e os investimentos em novos campos comecem, afirmou nesta segunda-feira o secretário-geral do grupo de exportadores, Abdullah al-Badri.
"É vital que o mercado resolva o problema do excesso de estoques. Como vocês podem ver de ciclos anteriores, uma vez que esse excesso começa a se reduzir, os preços começam a se recuperar", disse al-Badri, em uma conferência em Londres.
"Sim, a Opep forneceu alguma oferta adicional no ano passado, mas a maior parte veio de países não-Opep", completou.
O secretário-geral da Opep afirmou ser crucial que todos os principais produtores conversem para chegar a uma solução. Segundo ele, o mercado precisa ver os estoques caírem para níveis que permitam que os preços se recuperem e os investimentos retornem.
"O ambiente atual está colocando esse futuro em risco. Aos níveis de preços atuais, é evidente que nem todos os necessários investimentos futuros são viáveis", disse ele.
Fonte: Reuters
Irã pretende retomar rapidamente exportação de gás natural
AFP
Bandeira do Irã: segundo Kameli, o país está explorando diversas opções para "se juntar ao clube do gás natural liquefeito"
Teerã - O Irã tem trabalhado para impulsionar sua capacidade de extração e exportação de gás natural, afirmou hoje Alireza Kameli, diretor gerente da National Iranian Gas Export.
Segundo o dirigente, isso inclui planos para a construção de complexos destinados a processar a commodity e exportá-la para a Europa num prazo de dois anos.
O país é dono da maior reserva de gás natural do planeta, mas há muito tem se ressentido da falta de infraestrutura necessária para exportá-la, ao contrário de concorrentes como a Rússia e o Catar.
Segundo Kameli, o país está explorando diversas opções para "se juntar ao clube do gás natural liquefeito".
Um deles é a retomada do Iran LNG, o complexo mais avançado de liquefação do combustível no Irã.
O projeto, que estava 40% completo na época em que as sanções econômicas foram impostas, foi paralisado em 2012. Segundo o Kameli, as obras podem durar outros três ou quatro anos.
Outra possibilidade é construir um gasoduto sob o Golfo Pérsico até o Omã, que possui estrutura para processamento do gás. O dirigente afirmou que autoridades daquele país concordaram em construir o gasoduto no espaço de dois anos.
A construção de unidades embarcadas de liquefação de gás natural também foram mencionadas por Kameli, que disse ter contatado a empresa norueguesa Golar sobre o assunto. Nem a Golar nem autoridades do Omã comentaram o assunto.
Uma vez que Teerã tenha adquirido capacidade para beneficiar seu gás natural, as exportações para a Europa "podem definitivamente ser consideradas".
Na semana passada, a Hellenic Petroleum concordou em comprar petróleo iraniano da National Iranian Oil, se tornando a primeira empresa europeia a adquirir a commodity do país desde a retirada das sanções.
Autoridades do bloco tem dito que o Irã pode se tornar um fornecedor chave de gás natural do continente, que poderia assim reduzir sua dependência da Rússia.
O horizonte de dois anos, no entanto, "não soa muito realista", disse uma autoridade europeia.
Atualmente, as exportações iranianas chegam a cerca de 9 bilhões de metros cúbicos por ano, e são destinadas a países como Azerbaijão, Armênia e Turquia.
Uma autoridade iraniana, no entanto, afirmou que o país tem capacidade de exportar 30 bilhões de metros cúbicos para a Europa no longo prazo. Fonte: Dow Jones Newswires.
Almost 40 North American Oilfield Services Companies Went Bankrupt In 2015
A Sobering Summary
E&P bankruptcies tend to dominate the headlines, but dozens of oilfield services companies also commenced Chapter 11 bankruptcy proceedings in 2015 as oilfield activity and service pricing evaporated. A full list can be found on slide 6.
The Oilfield Services and Bankruptcy Practices at Haynes and Boone, LLP are tracking industry developments in oilfield services restructurings and have compiled their findings on middle-market oilfield services bankruptcies.
Haynes and Boone's research includes details on 39 middle-market bankruptcies in 2015, including their secured and unsecured debt. The firm's research shows that the total amount of aggregate debt is more than $5 billion; the average debt in these cases is close to $135 million, the median ranges are from $10 to $17 million, and the largest reported bankruptcy has a total debt of more than $2.5 billion (Vantage).
The slides that follow include Haynes and Boone’s most recent summary of middle-market oilfield services bankruptcy filings for 2015 which will be updated periodically in 2016.
Almost 40 North American Oilfield Services Companies Went Bankrupt In 2015
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A Sobering Summary
E&P bankruptcies tend to dominate the headlines, but dozens of oilfield services companies also commenced Chapter 11 bankruptcy proceedings in 2015 as oilfield activity and service pricing evaporated. A full list can be found on slide 6.
The Oilfield Services and Bankruptcy Practices at Haynes and Boone, LLP are tracking industry developments in oilfield services restructurings and have compiled their findings on middle-market oilfield services bankruptcies.
Haynes and Boone's research includes details on 39 middle-market bankruptcies in 2015, including their secured and unsecured debt. The firm's research shows that the total amount of aggregate debt is more than $5 billion; the average debt in these cases is close to $135 million, the median ranges are from $10 to $17 million, and the largest reported bankruptcy has a total debt of more than $2.5 billion (Vantage).
The slides that follow include Haynes and Boone’s most recent summary of middle-market oilfield services bankruptcy filings for 2015 which will be updated periodically in 2016.
ExxonMobil: World Oil Demand Seen Rising By 25% By 2040
The world's biggest supermajor sees world energy demand rising by around 25% from 2014 to 2040. This represents the equivalent to all energy used in North and Latin America today. China and India will lead the growth in demand. The two biggest factors driving the forecast rise in energy demand are population and economic growth.
By 2040, ExxonMobil sees the world’s population to have reached 9 billion – up from about 7.2 billion today – and global GDP will have more than doubled. This growth will create more need for affordable, reliable energy – energy for homes, transportation, business and industry.
Demand Growth Led By Non-OECD Countries
XOM expects energy demand growth to be led by a 45% increase across non-OECD countries, while demand in OECD countries will be essentially flat. Energy efficiency will play a large role in slowing the growth in global demand, as energy use per unit of economic output is likely to decline by 40%, XOM said.
To keep up with demand, the world will "need to pursue all economic energy sources." In 2040, oil and natural gas will likely comprise almost 60% of global supplies. Nuclear and renewable energy sources will be approaching a 25% share.
Non-Conventional Supply To Drive Liquids Production
XOM expects global liquids production to increase by 20% from 2014 to 2040. Non-conventional supply is seen as the main catalyst for this growth. Tight oil is expected to reach 10% of global liquids supply in 2040. And, while, conventional oil is still the largest supply, but it's expected to drop to a 55% share. The world has 150 years of supply at current demand levels.
Global oil resources will remain abundant, XOM said. "Resource estimates keep rising as technologies evolve. Technology has added tight oil, deepwater, oil sands."
Saudi Arabia Unveils Plan To Diversify Away From Oil
On Monday, over 2,400 people convened at a luxury hotel in Riyadh to discuss Saudi Arabia's economic strategy going forward amid low oil prices, which have pressured the state's currency and contributed to an annual budget deficit of nearly $100 billion.
The word of the event was "diversification," as officials discussed plans to venture into sectors ranging from IT to tourism and health care, in an attempt to persuade global investors it can deal with a low oil price environment.
Saudi Arabia's King Salman bin Abdulaziz
Reuters quoted Saudi Aramco Chairman Khalid al-Falih as saying at the event that there will be a shift in the sources of Saudi's economic growth: "It's going to switch from simple quantitative growth based on commodity exports to qualitative growth that is evenly distributed."
The stated aim is to decrease the country's reliance on oil and public sector employment, and instead job creation and economic growth would shift to the private sector. In the initial stage of this transition, state spending would help jump-start industries, Reuters reported.
Tawfiq al-Rabiah, Saudi's commerce and industry minister, said at the event that Saudi was a victim of "Dutch disease" but was currently working to address this.
Officials told Reuters that under the reforms, segments of the national health care system would be transformed into independent commercial companies.
Reuters noted that the presence of a large number of foreign business officials at the Riyadh event (eg, Pepsico, Lockheed Martin) indicates that many favorably viewed the Saudi strategy.
Even though the Kingdom is accessing its foreign assets to cover the budget gap, it still held $628 billion in November. That's sufficient to finance many years of new programs, Reuters said.
The zeal for economic reforms has grown stronger since King Salman assumed the throne this month last year. One of his early moves was to create the Council of Economic and Development Affairs chaired by his son, Prince Mohammed bin Salman.
Saudi Aramco's Falih said at the event that, in addition to allocating its investment to launch non-oil industries, the company would use its educational and vocational training program to help generate the human capital required for the transformation.
"Saudi Aramco will be a bridge for a transition away from itself," Reuters quoted him as saying Monday.