Coerência e congruência: qualidades que você deve conhecer e preservar

Coerência e congruência: qualidades que você deve conhecer e preservar

Coerência e congruência são duas palavras parecidas, mas que possuem significados distintos. Hoje quero escrever sobre elas porque ambas possuem sentidos essenciais para entendermos de que forma nossas ações diárias afetam os resultados que obtemos.

Para começar, vamos saber o significado de ambas? Segundo o dicionário da Academia das Ciências de Lisboa (ACL) ‘coerência’ define a “ligação entre os elementos de um todo; qualidade ou estado do que é coerente; ligação, harmonia, lógica, nexo entre os diversos elementos de um conjunto de fatos, ideias e situações”. Já a palavra ‘congruência’ é definida como “a relação direta de um objeto ou fato com o fim a que se destina; acordo, harmonia entre duas ou mais coisas ou entre as partes de um todo; adequação, conveniência”. Como vemos as duas palavras têm em suas raízes semelhanças muito relevantes. E a palavra ‘harmonia’ aparece em ambas as definições, aspecto importante para desenvolver o raciocínio a que me proponho.

Vamos começar pela coerência, uma qualidade rara hoje em dia, neste tempo de muitas urgências em que vivemos. Sim, vivemos uma época de mudanças muito rápidas em todas as áreas, desde o comportamento, às relações sociais; desde o próprio clima do planeta até a economia mundial em seus mais variados setores.

E certamente somos afetados por estas mudanças de forma direta. Mas o que isso tem a ver com a coerência? Vou dar um exemplo: uma pessoa coerente que age de forma lógica e alinhada com seu pensamento, também é aquela que tem clareza do que quer, sabe planejar suas ações e consegue manter o foco mesmo em meio às incertezas diárias. Ou seja, esta pessoa não se deixa levar pela impulsividade e entende que é preciso ter o ‘pé no chão’ para tomar decisões, não importa quais sejam. Aqui estou incluindo qualquer pessoa, seja ela uma dona de casa ou o CEO de uma empresa; seja ela uma profissional em regime de CLT ou uma empreendedora. Como escrevi linhas acima, todos nós somos afetados pelas questões diversas que nos envolvem. Para dar mais um exemplo de coerência: imagine uma pessoa que consegue manter seus valores pessoais mesmo que esteja em uma situação financeira difícil e se veja diante de uma oferta ilícita tentadora. Fala-se muito em corrupção e este é realmente um grande problema que afeta todos os países, não só o Brasil, e se pararmos para analisar certos casos, veremos que a maioria dos envolvidos eram, aparentemente, boas pessoas, trabalhadoras que, em dado momento, parecem ter perdido a ‘harmonia interior’ e cederam à uma situação externa que acabou por destruir suas reputações.

Agora vamos à congruência que também é definida da seguinte forma por outra fonte: “coincidência ou correspondência de caráter ou qualidades; conformidade, concordância”. Inserindo a congruência em um exemplo prático do dia a dia, novamente podemos observar que uma pessoa que age de forma congruente com suas ideias e atitudes, é aquela que sabe agir em conformidade com seus objetivos. Se esta pessoa é uma gestora, por exemplo, em geral é alguém que sabe implementar as ações da empresa em que trabalha, mesmo em momentos de grande estresse. Mas isto decorre de seu próprio alinhamento íntimo, de sua própria capacidade de manter o ‘prumo interno’ mesmo em meio às adversidades externas. O contrário disso é aquele gestor que não consegue liderar seus subordinados, exceto se seja por meio de abusos, assédios e outras ações que têm sido cada vez mais comuns nos ambientes de trabalho atuais.

Por fim, o que quis ‘dizer’ com este artigo é que tanto a coerência quanto a congruência são qualidades pessoais que deveríamos preservar intimamente, para que consigamos nos manter à altura das demandas diárias.

Lembrando que a coerência e congruência andam juntas, uma valida a outra, e juntas validam o estado interno, visto que um discurso coerente sem ações congruentes nos leva para longe da nossa essência e nos adoece, além de gerar resultados sem o mínimo de sustentabilidade e efetividade

Preservá-las é procurar agir de forma harmônica com nossos valores e, nestes tempos complexos em que vivemos, de relações fluídas e incertas em todos os ambientes, devemos ter a capacidade de refletir intimamente sobre o que queremos para nossas vidas pessoais e profissionais, pois ao fazermos isto, seremos capazes de agir de maneira mais alinhada e com certeza obteremos os resultados que almejamos. 

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