As coisas que assombram quem tem de começar de novo
Você trabalha durante anos ou décadas com horários, metas, chefes, remuneração fixa e variável. Tem uma equipe de apoio. É pressionado por muita gente. E repentinamente não tem mais nada disso. Agora você é livre, mas precisa cuidar da sanidade mental e financeira. E está só consigo mesmo.
Até ontem você tinha alguns grupos com os quais se encontrava regularmente. Eram seus colegas de trabalho. Chefes, pares, colaboradores. Vocês decidiam estratégias, definiam objetivos e metas, alocavam recursos, contratavam e dispensavam pessoas, investiam. Apuravam resultados, recebiam elogios e críticas, sofriam pressões.
E todos tinham um “sobrenome” comum. Eram Fulano da XYZ.
Agora, não tem mais isso. Você está livre para criar o que acredita ser a melhor forma de trabalho. E começa bem. É contratado como consultor pela empresa em que trabalhava.
Seguindo dicas de especialistas no assunto, você monta um escritório em casa. Abre uma empresa em seu nome. E, para poder empreender, tem de cuidar de toda uma grande burocracia que talvez nem soubesse que existia.
Num contato agora comercial, você chega em seu antigo local de trabalho. É bem recebido pelos antigos colegas. Mas eles continuam tendo de alcançar metas e mostrar resultados. Como você não é mais da equipe, a atenção não é a mesma. Com o tempo, você verá outras pessoas, desconhecidas, fazendo parte daquele grupo. Você sente que, em breve, será um estranho.
Algumas pessoas que eram suas colegas também saem da empresa. Vão buscar outros caminhos. E os laços vão se tornando tênues, muito tênues. Você percebe que vai perder vários contatos. Vai fazer outros, é claro. Mas talvez sem o mesmo sentimento de companheirismo. Agora as relações serão mais business oriented. O que não é necessariamente mau. Pode abrir muitas novas perspectivas.
Talvez você esteja num estágio da vida em que não precisa se preocupar com o dinheiro. Então, com essa nova liberdade, você poderá querer retribuir para a sociedade o que recebeu durante muitos anos. O desafio será definir como fazer isso. Em hipótese alguma você admite ficar parado, sem fazer algo que entenda ser realmente útil. Mas, o que fazer?
Também pode ser que você ainda precise viver de seu trabalho. O desafio será maior. Fazer o que contribui para a evolução do todo ao seu redor e ganhar dinheiro para ter uma vida digna. Não são coisas incompatíveis, mas a busca permanente do equilíbrio vai exigir firmeza de princípios. Não se afastar de seu propósito mesmo nos momentos mais críticos. Zelar pela coerência e integridade. Que vão trazer frutos no médio e no longo prazo. A espera, entretanto, não será fácil.
Tudo isto precisará ser negociado, em primeiro lugar, com você mesmo. Alguns itens dessa negociação podem ser:
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Despois desssa negociação consigo mesmo, é bem possível que você alcance a serenidade necessária para começar de novo.
O que se passa em sua mente (e em seu coração) quando você lê um texto como este?
Depois de negociar consigo mesmo, quais seriam os próximos passos?
Como os líderes podem incluir nas estratégias das organizações reflexões deste tipo, que ajudam as pessoas a se prepararem para um mundo sem empregos?
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Uma sugestão de leitura valiosa para momentos como os descritos aqui é “Como Chegar ao Sim com Você Mesmo”, de William Ury. Um livro que propõe a introspecção para encontrar o sentido maior da vida. Da sua vida.
Senior Executive with International Expertise in Product Design, Product Management, Consumer Marketing, Technology Development, and Brand Strategy.
5 aEsta mudança é algo novo pra nós que sempre trabalhamos em empresas, mas vai ser a norma para a próxima geração. Boa parte da força de trabalho aqui nos EUA já é “gig economy”, pessoas que trabalham por contrato. O que temos que ter em mente é: 1- Não podemos depender de uma fonte de renda. Temos que ter varias opções pingando só mesmo tempo. 2- Vendas e networking são skills essenciais. Todos nós estamos vendendo nós mesmos o tempo todo. Não podemos ser “Marcelo Galdieri da X”, temos que ser reconhecidos como “Marcelo Galdieri, especialista em X”, independente de qualquer empresa. Esta é uma trajetória sem nenhum sinal de que vai mudar. Temos todos que nos adaptar à nova realidade.
Comunicadora, Inspiro pelo carisma da Voz
5 a1a. O que se passa em sua mente (e em seu coração) quando você lê um texto como este? Oiii Tarcísio, respondendo ao seu questionamento, sinto e vivencio o que descreve acima, desde 1995. A busca do encontro em mim, através de propostas realizáveis de trabalho.têm sido meu mote de vida. Formatos home office, pessoa jurídica,site, página facebook, tendo participado em palestras, treinamentos e eventos na qualidade de consultora , me trouxeram até aqui. 2a. Depois de negociar consigo mesmo, quais seriam os próximos passos? Decidi por retomar vida acadêmica em áreas de meu interesse de Alma: arte. Cursando atualmente, a pós graduação em filosofia, da Universidade Estácio de Sá. Meu interesse de estudo, em filosofia da arte . 3a. Como os líderes podem incluir nas estratégias das organizações reflexões deste tipo, que ajudam as pessoas a se prepararem para um mundo sem empregos? Além de um mundo sem emprego, os que ainda contratam , sugerem estratégias anacrônicas, com os bons e velhos jargões ‘ eu sou o Marketing da empresa, preciso q você faça .....’ ou o meu negócio é assim... ou você empreende e te comissiono ... blá, blá, blá. No ambiente organizacional mais robusto percebo estruturas se utilizando de tecnologias que mais afastam ou confundem, mantendo o cansaço como a tônica do relacionamento. Compreendo o caminho da arte tão universal quanto íntimo. Incluir propostas de direcionamento estratégico, se utilizando dos múltiplos olhares - assim livres, isentos, aparentemente despretensiosos, permitiriam eclosões. Algo realmente vigoroso , imprimindo vitalidade às tão adoecidas corporações . Reservo às exceções ,as minhas desculpas !