Coisas que você não sabia: mulheres na computação
Responda rápido, você que trabalha com tecnologia ou computação: Quantas colegas de trabalho do sexo feminino você tem? Quantas mulheres você conhece que tem essa formação de tecnologia? Apesar de estarmos numa sociedade, teoricamente, muito mais igualitária, o preconceito na área ainda persiste.
Parte desse problema ocorre pelo preconceito em uma área predominantemente dominada por homens, onde a concentração do sexo masculino chega a incríveis 79,9%. Essa constatação pode ser observada neste documento, analisado pela presidente da Sociedade Brasileira da Computação e professora da Unicamp, Cláudia Bauzer Medeiros.
E isso não se deve apenas à menor participação de mulheres na área, mas também à pouca visibilidade de seus feitos.
Mulheres importantes na computação: Quem são elas?
O maior discurso usado é de que apenas homens têm destaque na computação, em geral pelo protagonismo em grandes feitos. Ou simplesmente porque fizeram por merecer, e nada mais. Porém, a verdade não é exatamente assim. Conheça algumas das mulheres que tiveram grande importância para os avanços da tecnologia e computação:
5. As mulheres que fizeram parte do time do ENIAC
ENIAC
O ENIAC, localizado na Universidade da Pensilvânia, desenvolvido por John Mauchly e J. Presper Eckert, foi o primeiro computador do mundo, com seus colossais 180m² e programado inicialmente por seis mulheres:
- Kathleen (Kay) McNulty Mauchly Antonelli;
- Jean Jennings Bartik;
- Fraces Synder Holberton;
- Marlyn Wescoff Melzer;
- Fraces Bilas Spence;
- Ruth Lichterman Teitelbaum.
Essas mulheres faziam parte do Corpo Voluntário Feminino para Emergências(WACS), durante a Segunda Guerra, ou seja, um trabalho extremamente complexo, onde não existia com quem aprender tais tarefas. Ao todo, 75 mulheres fizeram parte do projeto, além dos homens, contudo elas não possuíam o mesmo respeito que seus colegas de profissão.
4. Sheryl Sandberg
Sheryl é, nada menos que, a diretora de operações no Facebook atualmente. Apesar das muitas alegações de que a empresa é um lugar extremamente sexista para se trabalhar, a diretora da rede social tem revelado seus esforços para que isso deixe de ser uma realidade. Neste TED, ela conta “por que temos tão poucas líderes”:
3. Grace Murray Hopper
Grace Hooper
Se falamos em COBOL, com certeza a primeira coisa que vem à sua mente são “bancos”, “computadores de grande porte e terminais com telinhas pretas”. Hoje, o COBOL é uma linguagem extremamente importante para o funcionamento de várias instituições financeiras e bancos. Tudo isso foi possível por que Grace criou o FLOW-MATIC, que serviria de base para a criação do COBOL. Não bastasse, ela foi uma das primeiras programadoras do Harvard Mark I e criadora do primeiro compilador em COBOL, que seria a primeira linguagem a se aproximar da linguagem humana.
Apesar de não participar efetivamente da criação da linguagem, Grace fez parte de um comitê que definiu as especificações da mesma e de estabelecer que havia a necessidade de criar uma linguagem orientada para negócios, daí o acrônimoCommon Business Oriented Language.
2. Lois Haibt
Se você já estudou computação de grande porte ou até mesmo a história da computação, já ouviu falar de FORTRAN, uma linguagem usada para fins científicos e matemáticos. Lois fez parte da equipe, na IBM, que desenvolveu a linguagem que seria lançado em 1957.
1. Ada Lovelace
Ada Lovelace
Antes mesmo de alguém ter conceituado o termo “computação”, ou qualquer coisa parecida para designar o processamento de dados em uma sequência lógica, Ada escreveu o primeiro algoritmo.
Por conta de sua amizade com Charles Babbage e, em particular, o trabalho de Babbage sobre a Máquina Analítica, que era projeto de computador mecânico. Entre 1842 e 1843 (sim, a tarefa levou um ano inteiro, então você pode imaginar a complexidade), ela traduziu um artigo do engenheiro militar italiano Luigi Federico Menabrea sobre o motor e complementou com algumas observações de sua própria autoria, que ela chamou de Anotações. Essas notas continham um algoritmo criado para ser processado pela máquina, o que muitos consideram ser o primeiro programa de computador.
Precisamos falar sobre isso, sempre.
Situações como essa, em que mulheres tem um papel importante na computação, não devem ser destacadas apenas no dia 8 de março. O protagonismo deve ser igualitário e, em todo momento, como em nosso local de trabalho, reunião, entrevista de trabalho, as mulheres devem ser avaliadas como profissionais tão capacitadas quanto os homens. Essa falta de reconhecimento não acontece apenas no Brasil, mas em todo o mundo, e é preciso deixar claro que, no século 21, isso não será mais tolerado.
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