Com quem?

Com quem?

Quantas vezes não paramos para nos questionar se o que estamos fazendo é realmente importante ou se gera valor naquele momento? Quantas vezes não nos questionamos se trabalhamos com um propósito bem definido ou se os valores da companhia estão alinhados com os nossos? Ou ainda, se as pessoas com quem estamos trabalhando nos agregam valor ou minimamente terão relevância lá na frente?

Pois bem. Se você respondeu “muitas” em pelo menos uma das perguntas acima, você não está sozinho. No mundo atual, cercado de angústias, ansiedades e imediatismo em todas as esferas, vivemos um momento em que os executivos vêm questionando cada vez mais as suas carreiras, avaliando a relevância da sua contribuição nas organizações. Muitas vezes, o executivo aciona o piloto automático e nem percebe o quanto já entrou no modus operandi da organização, promovendo modelos burocráticos de gestão, relações políticas exacerbadas e falta de autonomia mesmo em posições tão sêniores.

A grande resposta – e nem um pouco surpreendente – é que as grandes realizações de nossas carreiras muitas vezes são originadas em ambientes que não víamos com bons olhos naquele momento. Em muitos casos, eram experiências que considerávamos pouco agregadoras até então, ou mesmo de baixa relevância. Neste exato momento é que se concretiza a famosa frase de Steve Jobs sobre “connecting dots”. Nada na vida é por acaso. Tudo se conecta. Tudo se retroalimenta. Toda relação construída hoje, pode dar frutos daqui a 10, 20 ou 30 anos.

E por este motivo que costumo afirmar – contrariando o conceito de Simon Sinek sobre a ênfase do porquê das coisas no centro do Golden Circle – que não devemos nos preocupar com o POR QUÊ estamos fazendo ou mesmo O QUÊ estamos fazendo hoje, mas sim o COM QUEM estamos fazendo. Sob a ótica de um headhunter que preza sempre pela construção de laços duradouros e um network bem trabalhado, este ponto de vista pode parecer tão lógico e ao mesmo tempo inconsciente que não paramos para perceber que pode ser o ponto chave de todos os nossos questionamentos.

Eu costumo dizer que prefiro me juntar à pessoas boas, capacitadas, de atitude, do bem, e que possuem um propósito em comum, para vender um produto obsoleto como uma Kodak, ou mesmo um produto comoditizado como frutas na feira, a ter que me unir a um grupo de pessoas sem ética, moral e valores para comercializar qualquer produto tecnológico e super tendência de mercado.

Portanto, se você acredita que ainda não se encontrou profissionalmente ou não entende se faz sentido seu trabalho atual, não se preocupe com isso. Tenha a certeza de que esta fase de vida/carreira está lá para ser cumprida. E no final, tudo irá se conectar. E se puder ter o privilégio de poder escolher com quem trabalhar, certamente você terá um caminho mais curto para sua realização profissional.


Felipe Malheiros

Executivo de Contas Sênior | Retail Media | Shopper Insights | Dados | Marketing Digital | Ad Sales

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Excelente, Eduardo!

Eduardo Abreu

Sócio | Recrutamento & Seleção | Executive Search | Talent Attraction Strategies | Assessment | Consultoria Estratégica de RH | RH de Produção Audiovisual

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Parabéns pelo artigo!!! Bons pontos para reflexão. Muito sucesso sempre pra você. Grande abraço

Andre Verçosa Albuquerque

Diretor / Vice Presidente / Conselho de Administração

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Ótimo texto para reflexão, Eduardo!

Priscila Macieira, MBA

Senior Sales Manager | Product Manager | Marketing Lover

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Bela reflexão, Edu! Parabens pelo artigo!

Desiree Garbatti CPC-A

Compliance | Healthcare Compliance | Anticorrupção | Riscos | Due Diligence | Ética e Conformidade

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Ótima reflexão.

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