COMBATE AS DOENÇAS ADQUIRIDAS NO AMBIENTE DE TRABALHO
As doenças causadas no ambiente de trabalho afetam tanto patrões como empregados. Além
do abatimento gerado ao funcionário, o empregador também sofre com o afastamento do trabalho do
empregado e consequente ocorre a queda no rendimento da empresa. Algumas das doenças são dor nas
costas (este é um dos principais motivos que afastam trabalhadores, sendo ela responsável por cerca de
160 mil afastamentos anuais e pode ser combatida com simples acompanhamento de uma equipe de
segurança médica, que orientará sobre a ergonomia no local), lesões no joelho (a falta de exercícios
físicos e a rotina de permanecer sentado por muito tempo em escritórios, clínicas ou atendimento ao
público, afetam os membros inferiores, podendo também ser causadas por problemas genéticos,
carregamento de peso de forma incorreta e obesidade), doenças do coração (normalmente, os problemas
cardíacos estão relacionados à genética e má alimentação. Entretanto, as doenças do coração podem ser
agravadas com o estresse ocasionado pela cobrança de resultados no ambiente de trabalho. Para evitar
complicações cardíacas nos funcionários, diversas empresas têm investido em estratégias para melhorar a
qualidade de vida dos colaboradores com a adesão da ginástica laboral e outras medidas preventivas),
depressão e estresse (a cobrança intensa por resultados satisfatórios aumenta o nível de estresse que pode
se transformar em depressão. Distúrbios de humor, a ansiedade e tensão no trabalho também são fatores
que desenvolvem as patologias. A confirmação ocorre através de um diagnóstico realizado por um
médico do trabalho e o afastamento pode ser de semanas ou meses, dependendo do quadro clínico do
empregado), varizes (esta é outra doença que afeta os funcionários que ficam muito tempo sentados ou
em pé. Apesar de não parecerem graves, as varizes são responsáveis pelo grande número de afastamentos
do trabalho. A presença de uma equipe de saúde do trabalhador e segurança do trabalho pode evitar o
agravamento do quadro), câncer de mama (Este é o único tipo de câncer que aparece na lista das doenças
que mais afastam trabalhadoras. Ele está relacionado a tendências genéticas e má qualidade de vida. Neste
sentido, muitas empresas incentivam suas funcionárias, através de campanhas internas, a realizar exames
periódicos para reduzir a mortalidade e os riscos de afastamento para tratamento da enfermidade). Para
entender melhor e de forma legalizada tanto para a empresa quanto funcionário, é de extrema importância
saber um pouco mais sobre a diferença entre doença profissional e doença do trabalho. A doença
profissional, também chamada de doença ocupacional, acontece em decorrência a contínua exposição do
trabalhador aos chamados agentes de risco, que podem ser: físicos, químicos e outros. Esses agentes são
responsáveis por desencadear ou agravar doenças no organismo do trabalhador. As doenças do trabalho
são resultado das condições especiais de um ambiente profissional e que não possuem relação em lei.
Esse grupo de doenças não são reconhecidas pela Previdência Social, por não possuírem um agente
causador comum. Isso quer dizer que, no geral, o trabalhador é acometido pela doença devido a um fator
particular que se relaciona com a função, mas não é uma regra. Com isso, é preciso comprovar de que o
desencadeamento ou agravamento da doença está relacionado com o trabalho. Em questões legais e de
direito para os trabalhadores, existem algumas diferenças de acordo com o tipo de doença adquirida, se
acometido por uma doença profissional ou uma doença do trabalho. Apesar de ambas garantirem ao
empregado o direito ao benefício do Seguro Contra Acidentes do Trabalho, na prática, o tratamento
dessas doenças é realizado de formas diferentes. As doenças profissionais, por serem na maioria dos casos
doenças incuráveis, garantem ao trabalhador o direito de Aposentadoria do Invalidez. Dependendo do
caso e da gravidade, as doenças profissionais podem gerar o Direito à uma Aposentadoria Especial. As
doenças do trabalho podem, em grande parte dos casos, ser tratadas e curadas. Se assim for, o empregado
será afastado temporariamente e retornará ao trabalho assim que receber a liberação médica. De qualquer
forma, tanto a doença do trabalho quanto a doença profissional podem gerar o direito ao Adicional de
Insalubridade, além de obrigar o empregador a pagar indenização por danos morais, materiais e perdas da
capacidade laborativa. Qualquer organização, independentemente do porte ou ramo de atuação, deve se
preocupar com as doenças no meio trabalhista, assim como também é preciso adotar as medidas
necessárias para minimizar as chances de enfrentar esse tipo de problema. Pontos importantes a serem
identificados a todo tempo são o diagnóstico de risco (para promover um ambiente seguro ao trabalhador,
é preciso conhecer, primeiramente, quais são os riscos aos quais ele está exposto no seu dia a dia, sendo
assim cabe ao empregador realizar a Análise Ergonômica do Trabalho (AET). O objetivo é melhorar a
realização das tarefas laborais e a condição do ambiente de trabalho ao colaborador), a ergonomia ( são
fiscalizadas pelo Ministério do Trabalho, a partir do Programa de Condições e Meio Ambiente de
Trabalho na Indústria de Construção Civil (PCMAT) e do Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional (PCMSO), onde “a promoção da ergonomia no ambiente de trabalho traz maiores lucros e
menores prejuízos econômicos e sociais”. Ao criar um ambiente confortável e seguro (ou seja,
ergonômico) para os trabalhadores, eleva-se a produtividade e reduz-se a incidência de diferentes formas
de acidentes), conscientização e educação dos colaboradores (o dia a dia mostra que os programas de
conscientização e educação do funcionário são essenciais para a redução dos acidentes de trabalho. A
partir de palestras, cartazes ilustrativos, frases educativas e alertas de segurança, a empresa consegue
ensinar à equipe quais são os riscos de acidente e ergonômicos aos quais ela está exposta), não deixando
também de promover ações de saúde e qualidade de vida (a NR 17 prevê a adaptação das condições de
trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, tendo como objetivo proporcionar o
máximo de conforto, segurança e desempenho dessa forma não só prevenindo acidentes, mas evitando o
desenvolvimento de doenças ocupacionais, um exemplo é a ginástica laboral). A gestão ocupacional
possui um caráter muito estratégico nas empresas. A longo prazo, uma gestão de Saúde e Segurança do
Trabalho (SST) eficaz pode amenizar impactos na folha de pagamento, ganha produtividade e aumenta a
sua competitividade. Por esses motivos foram observados seis pontos importantes para reduzir passivos
trabalhistas, estaando entre eles o diálogo (é essencial manter a comunicação entre todas as áreas,
evitando ruídos na troca de informações, em especial, o RH e o Jurídico, que podem definir um plano de
ação para reduzir riscos de passivos trabalhistas), um Rh capacitado (instruir a equipe de RH sobre os
riscos mais comuns no ramo de atuação e analisar o descompasso entre a legislação de SST e a sua
aplicação por parte das autoridades), profissionais especializados (contratar profissionais que já possuam
habilidades de gestão do sistema de SST, contribuindo para melhorar os resultados da equipe),
documentação (os arquivos salvaguardam a empresa em caso de ações trabalhistas - a ausência de um
deles pode significar a perda de uma ação e, portanto, custos), hierarquia (ameniza diversos riscos e
contribui para a política de SST) e cultura da prevenção (a partir de ações em conjunto e parceria entre as
áreas e departamentos, é possível promover a Política de SST que resulta em um melhor ambiente e
condições de trabalho).