Comissão é criada para identificar e resolver gargalos
Para identificar e solucionar gargalos da exportação e importação, foi instalada ontem a Comissão de Comércio Exterior do Ceará (CCE). Presidida pelo empresário Roberto Marinho, o colegiado envolve as principais entidades ligadas ao segmento, sob a coordenação do Governo do Estado, por meio da Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece) e a Secretaria do Desenvolvimento Econômico (SDE).
Os representantes de entidades lamentaram a perda de espaço na exportação pelo Estado do Ceará e cobraram, principalmente, destravamento de burocracias.
O diretor técnico do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Ceará (Sebrae-CE), Alci Porto, colocou a entidade à disposição para preparar MPEs para exportação e cobrou um plano de internacionalização deste segmento, que representa apenas 3% das empresas que exportam no Brasil. Em outros países, chega a 50%. “Falta uma política de governo que crie um Simples da Exportação”.
Cearáportos, Receita Federal, Correios, Fiec e o Sindicato dos Operadores Marítimos também enviaram representantes à formação da CCE.
O presidente da Zona de Processamento de Exportação (ZPE), Mário Lima Júnior, ressaltou que se consolidar no mercado internacional é muito difícil e não dá mais para o Ceará retroceder nessa questão.
Ferruccio Feitosa, presidente da Adece, deixou claro que o foco está em resultados e que essa não seria mais uma comissão a ser criada.
Roberto Marinho revelou que a CCE é transversal às 22 câmaras setoriais criadas no Ceará. “Será regido pelo Governo do Estado. É algo superior a qualquer interesse empresarial. Tem que dar muito resultado. Não é à toa que a Caixa, o BNB e o Banco do Brasil estão na CCE”, destacou.
Fonte: O Povo (CE)