Como as casas multifuncionais ditam a tendência actual do mercado imobiliário em Portugal
Em tempos de pandemia, já não é surpresa notar-se que as moradias passaram a ter uma versatilidade bem mais exigida por parte dos seus ocupantes, pois deixaram de ser apenas o lar, mas também se tornaram o local de trabalho (para muitos!), local para a prática de actividade física, de lazer e muito mais. A necessidade actual de se dispor de espaços mais amplos, e não só internos, mas também externos, como quintais, jardins, piscinas etc. é cada vez mais notória.
Então, como as novas casas estão a serem desenhadas para se adequarem a estes novos tempos? Bem, a casa de hoje precisa ser, sobretudo, multifuncional e esta demanda está a provocar um novo olhar dos promotores, construtores sobre os novos projectos residenciais, a priorizarem realmente tais espaços exteriores e áreas internas maiores e com mais funcionalidades, assim a permitirem maior conforto e menos preocupação aos moradores.
Para se ter uma ideia do quanto esta demanda pela questão da “multifuncionalidade” aumentou significativamente desde o surgimento da pandemia, segundo dados do Portal Imobiliário Idealista, a procura por casas à venda em Portugal com piscina e jardim aumentou 41,1% entre dezembro de 2019 e dezembro de 2020. Em seguida, no mesmo período, seguem as casas com jardim (+25,5%), quintas (22,6%), moradias (8,3%), tipologias T4+ (4,9%) e casas com terraço (4,3%).
O confinamento impossibilitou o mínimo convívio com famílias e amigos e, portanto, o desejo por espaços externos surgiu como uma opção mais “segura”, a proporcionar certo distanciamento social que transmitisse alguma segurança e realmente fosse como o recomendado e, ao mesmo tempo, com aquela sensação de se estar “fora de casa”.
E assim pode-se dizer que jardins e terraços tornaram-se uma tendência nos novos projectos, independentemente de serem nos grandes centros ou no interior, o que proporciona não apenas alívio, mas acaba por oferecer mesmo maior conforto e tranquilidade aos moradores.
Obviamente isto reflete na dinâmica do mercado imobiliário em Portugal, enquanto tendência, mas continua o mesmo mantém-se super aquecido, visto que a “dança das cadeiras” sobre tipologias de imóveis está mais frenética do que nunca!