Como construir e manter uma organização ética
Definir valores e consolidá-los em um Código de Ética e Conduta que expresse posições efetivamente aceitas e internalizadas, é a base inicial para a adoção de uma política de fazer sempre o que é certo, mas o código não basta.
Como mostram os exemplos de empresas e entidades cujo padrão de integridade é amplamente reconhecido, como é o caso das referendadas pela Ethisphere, são necessárias várias iniciativas, decisões e ações simultâneas para manter a empresa dentro dos parâmetros éticos definidos
É fundamental que Conselho de Administração e diretoria assumam os valores e os divulguem, lembrando que ética organizacional é como água, corre de cima para baixo. Incluir pessoas independentes e com esse foco no Conselho de Administração – além, naturalmente, no Comitê de Ética – é importante para relembrar constantemente do posicionamento desejado, particularmente quando surgem dilemas que envolvem resultados dos negócios.
Diretores e Conselheiros precisam criar oportunidades para conversar com pequenos grupos de colaboradores sobre integridade, ouvindo o que eles têm a dizer e reforçando a mensagem sobre a política da empresa, como forma de engajá-los. Não basta fazer grandes palestras esporádicas. Os CEOs (ou presidentes, ou ainda Heads) devem ser vistos como símbolos de integridade, o que exige sua constante atenção para evitar posturas ou decisões que afetem essa imagem. Lembrando os romanos: “não basta a mulher de César ser honesta, ela precisa parecer honesta”.
Se a liderança não mostrar de forma permanente sua integridade, não engaja os demais e uma empresa só será ética se todos “comprarem” esse posicionamento. Basta ver o que aconteceu com empresas tradicionais no exterior, como Enron, Siemens, Volkswagen, Wells Fargo e outras, sem mencionar as do nosso País. Integridade começa na cúpula para ser uma postura de todos.