Como estão suas aplicações (legado)? Vamos mexer no que está funcionando?


Parece que existem alguns ditados e slogans que permanecem sendo ditos e seguidos, como por exemplo: “não mexe no que está funcionando...” ou “time que está ganhando não se mexe...”.

Para falar a verdade, esse ditado é extremamente nocivo para área de TI, desde infraestrutura até sistemas, tudo envelhece e carece de atualizações: o hardware fica ultrapassado, as versões do S.O, banco de dados, middleware e a tecnologia ou linguagem de desenvolvimento, entre outras plataformas incluindo as integrações ficam em uma versão antiga ou até obsoletos... e o tempo vai passando, quando você para olhar: BUM!!! Você tem dezenas de legados muito importantes em operação que precisam ser revisados em todas essas camadas.

Há muitas empresas nessas condições, porque todo o tempo de suas equipes está voltado para novos projetos e integrações, e não há uma estratégia para atualização do legado, além disso, faltam funcionalidades mais arrojadas aos usuários finais dessas aplicações para alavancar e trazer diferenciais no seu negócio e produtividade.

Você consegue responder prontamente algumas questões?

  • Quantas aplicações você tem?
  • Quais são as tecnologias que você utiliza e quais aplicações estão em cada uma delas?
  • Quais as versões de todos esses componentes que citamos acima para cada aplicação?
  • Sabe quantos e quem são os usuários que utilizam cada uma delas?
  • Quais são os principais problemas (incidentes) que elas causam?
  • Quais os pontos mais sensíveis de cada aplicação em uma escala de 0-10 (performance, escalabilidade, facilidade de uso, funcionalidades, código, etc.)...
  • O impacto que cada uma delas pode gerar caso ocorra uma parada?
  • Com o que elas se integram?
  • Quantos serviços ou integrações você tem?

Como resolver isso? Por onde começar?

Ok, então que tal mexer no que está funcionando? Que tal criar uma Estratégia para suas aplicações? É só uma questão de sentar e criar o plano estratégico, e nunca mais abandoná-lo, porque é um processo cíclico, sempre necessitará ser revisado... Especialmente para grandes empresas que tem um parque grande de sistemas legados desenvolvidos internamente...

Vamos lá, alguns passos importantes:

1.     Criar e manter atualizado o Portfólio de aplicações[1]: as aplicações precisam estar catalogadas, com todos os dados acima, para que possamos identificar qual o momento de sofrer um ajuste, mais importante do que começar é manter esse portfólio sempre atualizado com todas atualizações que vão sendo implementadas ao longo do tempo.

2.    Estratégia de aplicações: Decidir o que fazer com o portfólio. Você já tem todos os dados, e agora? É hora de planejar o que fazer: manter, rescrever na mesma tecnologia ou outra, atualizar a versão de todas as camadas, desativar, substituir por uma solução de mercado?

3.    Se chegou até aqui parabéns! Horas de colocar todo seu estudo em uma apresentação: decorar com ligações e cores, e apresentar visualmente como está seu portfólio. Um slide com todas aplicações, talvez dentro das áreas que elas atendem, e vale alguns outros slides com estatísticas e resumos sobre as tecnologias (fig-2) e o que fazer com elas (item 2), para que fique visível o cenário atual e proposto. (fig-1)


fig-1

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fig-2

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4.    Montar seu roadmap de atualizações: priorizar as aplicações de acordo com os dados que você coletou sobre cada aplicação. Aqui não há uma bala de prata, a área de TI necessita da sensibilidade do negócio para entender onde haverá maior valor agregado. Depois de priorizar, coloque na linha do tempo que faça sentido. (fig-3)

fig-3

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5.    Não se esqueça: nas atualizações, é hora de colocar aquelas funcionalidades chave para dentro, aumentar o desempenho, melhorar as telas, e tudo aquilo que vai fazer a aplicação dar um salto para outro patamar e alavancar a produtividade e a competitividade dos seus negócios. Os monólitos podem ser repensados na fase de arquitetura, também a utilização de serviços em barramentos, microservices, APIs e tudo mais que componha uma boa arquitetura, incluindo as integrações que envolvem essa aplicação, devem ser desenhadas sob uma nova ótica.

[1] Há soluções de mercado disponíveis para isso, ou você pode construir uma aplicação mais simples, ou mesmo o bom e velho Excel. O segredo está no processo, em manter esse repositório atualizado.



Uma das primeiras coisas que você vai perceber ao desenvolver esse trabalho, são os vários insights que vai ter, porque todos essas informações vão te trazer muitas ideias e capacidade de analise.

É isso ai, vamos em frente!

Abs.

Cláudio Monegatto

Alencar Milani

Consultor de Gestão | Transformação Digital | Inovação | Treinamentos | Liderança | Resultados

2 a

👏👏👏

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