Como foi que descobrimos o caminho de transitar das técnicas das constelações sistêmicas familiares, para as técnicas das constelações organizacionais

Como foi que descobrimos o caminho de transitar das técnicas das constelações sistêmicas familiares, para as técnicas das constelações organizacionais

Foi em 2006 quando o Bert Hellinger já estava vindo ao Brasil há quase 7 anos ( 1998 foi quando a Mimansa Erika Farny trouxe o Bert pela primeira vez ao Brasil ) e este tema das constelações sistêmicas organizacionais, ainda não estavam bem estruturados. Me lembro que estávamos em um seminário com o Bert e eu levei uma questão para ele sobre o assunto. Eu trouxe para Bert, o que poderia ser feito com a condução de uma constelação sistêmica, quando já se tivesse harmonizado as “honras dos lugares dos pais e antepassados”.com o cliente. Como olhar para o campo sistêmico, não mais pela conexão do presente influenciado pelo passado, mas do presente conectado com o futuro.

Como abrir o campo sistêmico para deixar evidente as forças do propósito da vida e não mais pela missão tão recorrente de se ocupar o lugar de antepassados. E então, com as bençãos dos antepassados ter a permissão de olhar para aquilo que deve vir para anós, depois da fase da vida em família , como ocorre na fase de dividir a vida com a profissão a carreira, o relacionamento. Quando os filhos devem seguir em frente para as suas vidas profissionais, de trabalho e de se estabelecer conexão com o propósito da carreira.

E foi desta forma que fomos construindo aos poucos um novo olhar para as técnicas de constelação familiar que passava a olhar para o espaço sistêmico da futuro. Isto só acontece depois que se tem  harmonizado as questões de possíveis emaranhamentos ou interrupções da família. Aos poucos,  nascia assim as bases para as constelações organizacionais  que são espaços sistêmicos que se lida com a fase da biografia chamada de a idade das escolhas. Período que o campo sistêmico tem a permissão para lidar com a abertura daquilo que vem pelo futuro,  onde vive o propósito.

Naturalmente que muitas decisões de profissões e de relações com equipes de trabalho ou mesmo de sentimentos de pertencimento ou não dos espaços organizacionais, em muitos casos são tentativas do sistema resolver pendências familiares como a falta de pertencimento na vida família, dificuldades de posicionar-se adequadamente na ordem com os irmão ou mesmo de não se encontrar em uma carreira, decorrem de dificuldades de não se conseguir estabelecer conexão com o pai.

Todas estas questões, vão buscar soluções nos sistemas organizacionais como no relacionamento com chefias, problemas sociais de dificultades de interação com as  equipes de trabalho ou mesmo de não se encontrar a direção certa para se seguir nas trilhas da carreira.

Outra experiência importante das contribuições das constelações organizacionais para a vida dos indivíduos é que uma vez harmonizados os temas de pertencimento na empresa, ou de relacionamentos com as equipes ou mesmo  de conexão com o propósito da carreira, seus benefícios sistemicamente atuam como forças harmonizadoras das relações com a família. Há muitos exemplos desta situação, que vamos tratar nos próximos artigos.

 O que se conclui é que, quando se trabalha com questões das constelação sistêmicas organizacional se libera,  sistemicamente questão que tiveram origem em outras etapas da biografia e que se manifestam de diferentes formas por se tratarem de questões que são de natureza sistêmica.  

Daí vem a pergunta, como se classificar as  questões para se saber se elas são de natureza sistêmica ou não, como no caso de questões contingenciais, circunstanciais e etc. que muitas vezes não são sistêmicas.

Vamos tratar desta distinção em próximas publicações.

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