Como manter a produtividade durante a Copa do Mundo?

Como manter a produtividade durante a Copa do Mundo?

Há alguns dias, a diretora de RH de uma indústria me ligou para debatermos um assunto delicado. 

Ela sofre há bastante tempo com problemas de mão de obra na produção, como faltas, atrasos, excessos de saídas para médicos, entre outras coisas. 

E, agora, ela estava enfurecida por um motivo que afeta praticamente todas as empresas brasileiras: os funcionários insistiam em assistir os jogos do Brasil na Copa do Mundo.

 O que fazer? 

Na conversa, me lembrei de uma pesquisa recente da Robert Half nada animadora. A expectativa era que o rendimento nos dias de jogos do Brasil cairia para 46% dos entrevistados. Para 51%, o rendimento iria se manter e, para 3%, iria melhorar. 

Os entrevistados não mostraram muito otimismo com relação ao número de faltas também: 19% deles disseram que iria aumentar, 77% que iria se manter e, para 5%, iria diminuir. 

Com esses dados em mãos, dei uma sugestão: apaziguar o assunto e manter o espírito da Copa com muita flexibilidade. O problema já estava instalado, e o melhor seria buscar uma oportunidade em vez de lutar contra. 

Assim, pensamos numa solução: proporcionar o melhor ambiente possível para o jogo. Ela, então, montou um ambiente muito agradável para que os funcionários curtissem juntos as partidas, colocando refrigerantes, petiscos e telão na empresa. 

Como contrapartida, deveria haver compensação ou banco de horas. 

Resultado: foi um sucesso! Os funcionários tiveram uma excelente impressão da empresa.

 Mas como retomar a produtividade dos setores após os jogos? 

Nesse caso, o gestor deve estabelecer e comunicar claramente os benefícios que estão sendo gerados, as contrapartidas e os limites. 

Temos que considerar que o evento faz com que todos queiram assistir aos jogos juntos com seus colegas em um grupo grande e energizado. Com isso, há menos chances de funcionários faltarem. 

A proposta é exatamente navegar a onda e controlar o leme. Faça do limão uma limonada e transforme um problema em potencial em uma excelente ação de endomarketing. 

Ser empresário no Brasil é no mínimo emocionante. Pena que a emoção não fica por conta do desempenho do time na Copa, e, sim, do jogo de cintura para operar com produtividade.

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Carlos Titton é professor da FAAP, FIA e Saint Paul Escola de Negócios. Oferece treinamentos empresariais com foco em business, vendas e produtividade. Também está no Facebook e no Instagram.




Silvia Gonçalves

Coordenadora de Governança de TI | RD

6 a

É bem interessante a proposta, mas ainda assim acho um absurdo o Brasil parar por causa de um jogo de futebol.

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