Como migrar da educação pedagógica para a corporativa?
Na Newsletter de hoje, vou abordar uma dúvida que recebi no LinkedIn e que considero relevante trazer para o nosso espaço, uma vez que estamos imersos no universo da Educação Corporativa. Uma pessoa da área de educação, voltada ao ensino escolar, me questionou sobre dicas para fazer a transição para a educação corporativa. E como há uns bons anos eu nem sabia da área de T&D, hoje tenho prazer em auxiliar quem busca novos rumos profissionais.
O primeiro passo é compreender a diferença marcante entre ensinar crianças (Pedagogia) e adultos (conhecido como Andragogia). Enquanto o ensino para crianças é mais passivo, considerando que elas não têm conhecimento prévio, com adultos a abordagem é oposta, uma vez que estes já possuem vivências e experiências de trabalho. Portanto, tentar ensinar conceitos básicos pode gerar desinteresse e até fazer com que o público se sinta subestimado.
Entendendo isso, já dá para ver que a forma de ensinar muda completamente. Então indico alguma especialização em Design Instrucional, ou até mesmo um curso livre, para aprender algumas técnicas e teorias que são bem úteis no dia a dia e que ajudam a “pegar o jeito” da coisa. Existe muito material na internet que fala sobre a Taxonomia de Bloom no ensino de adultos, o 70/20/10, algumas dinâmicas e outros conteúdos que são bem bacanas de consumir no seu dia a dia.
Mas assim, na minha experiência eu diria que é fundamental você entender sim as técnicas, porém, o pulo do gato está nas suas vivências corporativas! O jeito que você entende o universo organizacional e transforma o seu projeto educacional de uma forma que se encaixe na vida do aluno será o seu diferencial.
Quando me entreguei de vez ao RH e ao Varejo, foi quando tudo começou a fluir, ideias surgiram e a transição ganhou forma. Se você não sabe por onde começar, comece consumindo mais conteúdos sobre RH, participe de grupos, leia a respeito ou tente uma vaga como Analista de T&D. Tenha certeza de que será uma escola profissional enriquecedora.
No meu caso, questionava por que a Educação Corporativa contrataria um jornalista, quando tradicionalmente a área é mais afinada com RH, Psicologia e Administração. Entendi que meu potencial estava em me tornar uma "máquina de treinamento": já dominava a produção de roteiros, vídeos, apresentações, ebooks, podcasts, e estava sempre buscando novos formatos. Tudo isso se somou aos estudos aprofundados em Design Instrucional, à minha experiência inicial como Analista de T&D e ao apoio de pessoas que me incentivaram, além de vivenciar intensamente o mundo organizacional.
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Particularmente, não vejo outro caminho para uma virada de chave entre o pedagógico para o corporativo sem vivenciar a organização de perto. É nesse contexto que você adquire sensibilidade, compreende como tudo funciona e oferece soluções educacionais ideais para seus alunos. É nesse momento que você transita de Professor para Facilitador de Aprendizagem, percebe que não traz respostas prontas, mas sim auxilia os alunos em suas jornadas em busca de conhecimento.
"O Funcionário do Mês" é uma newsletter gonow1 escrita por Ricardo Costa, coordenador educacional.
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