como o agora desenha um novo paradigma econômico e de ser humano.
Nos últimos 15 anos, nossos modelos econômicos passaram por mais transformações visíveis que em 200 anos, entre a Economia Agrária e a Economia de Serviço, passando pela Industrial. Apesar de todos os indícios “evolutivos”, a percepção geral é de que estamos vivendo contextos cada vez mais complexos, com problemas de aspectos únicos, incertos e interconectados a diversos outros fatores. Em todas as esferas — ambiental, socioeconômica, emocional — esse fenômeno tem desdobramentos sintomáticos.
Alguns especialistas e pesquisadores dirão que nunca fomos tão realizados, conectados e com alta expectativa de vida. E eles estão, de alguma maneira, certos quanto ao que já conquistamos. Mas, você já parou para se perguntar por que parece que a produtividade é um problema especialmente recente? Quero dizer, nunca tivemos tantos recursos para processos automatizados, acesso à informação e telecomunicações. Como podemos “produzir” menos? Como foi que a Economia dos Dados se tornou tão imprevisível e angustiante? Por que temos cada vez menos tempo?
A Era Digital parece ter unido o medo do desconhecido à incapacidade humana de lidar com a impressionante quantidade de informações que recebemos todos os dias sem conseguir processar. Quanto mais sabemos, mais sabemos que não sabemos e o pragmatismo automatizado, à imagem e semelhança das máquinas, tem nos acostumado a tentar resolver problemas a partir de modelos de repetição, extrapolação e polarização.
Ficamos tão deslumbrados com os avanços entre Internet das Coisas, Inteligência Artificial e Aprendizado das Máquinas, que passamos a nos adequar às suas maneiras digitais de ser. Enquanto isso, nossas capacidades de expressão, a aprendizagem significativa e as conexões essencialmente humanas estão postas de lado. Estamos nos preparando para ver quem sai vitorioso de um embate que já soa obsoleto: homem versusmáquina.
Por que já não há tantas distinções entre parceirose competidores? De design a modelos econômicos, o que nos leva a um novo paradigma? Como mudar o jeito de mudar? Qual é essa tal humanidade que estamos deixando escapar?