ESG na prática, com método, cadência e leveza
A urgência de ações transformativas no mundo, em especial em relacão ao papel dos negócios, fez como que a pauta ESG tenha ganhado força nos últimos anos sendo acentuada pela pandemia do covid-19.
O ESG, acrônimo que trás Environment (meio ambiente), Social (social) e Governance (Governança) foi um termo cunhado em 2004 na ONU para endereçar práticas de investimentos responsáveis. Só no Brasil, em 2020, houve a captação de R$ 2,5 bi em fundos ESG.
Mas por que cada vez mais estamos vendo empresas adotando práticas ESG, criando áreas e formando pessoas para especializarem-se nesse tema?
São três fatores principais:
Pressão externa
1. pressão de investidores cada vez mais buscando investir em negócios orientados a retorno financeiro atrelado a retorno social e ambiental. O que está se consolidando como regra para bons investimentos.
2. pressão de consumidores. Millenials e Gen Z consumindo, investindo e se tornando cada vez mais relevantes no mercado de trabalho. Estima-se que até 2025 representarão 70% da força de trabalho.
Redução de riscos
ESG é sobre respeito aos multistakeholders. Empresas que não criarem sua estratégia ESG serão atropeladas e correm riscos como:
1. Obsolência: cada vez mais os consumidores querem saber a procedência do que consomem, para além de preço e qualidade
2. Baixa atração e retenção de talentos em empresas que não criarem uma agenda clara de combate ao racismo e homophobia, por exemplo
3. Altas taxações e regulamentações que autuem empresas cuja atividade central seja altamente poluente e faça uso indiscriminado de recursos naturais. Hoje, o carbono já é regulado em 2/3 do planeta.
Oportunidades
O ESG está acelerando a sustentabilidade no Brasil e trazendo muitas oportunidades para empresas. Considerar o retorno ambiental e social como forma de gerar oportunidades para o negócio é o que chamamos de ganha-ganha-ganha. A empresa ganha (acionistas e colaboradores), as pessoas ganham (clientes e grupos de interesses externos) e o planeta ganha. Esses são negócios generativos, em que a geração de valor é compartilhada. Podemos destacar algumas oportunidades:
1. Aumento da percepção do valor de marca através de um propósito genuíno – conexão entre o PORQUE de existir e o O QUE a empresa está fazendo na prática
2. Engajamento e fidelização de clientes via projetos de impacto social e/ou ambiental positivo
3. Estratégia de crescimento atrelada a parcerias estratégias para acelerar a implementação de práticas sustentáveis
4. Atração de investidores. Estima-se que até 2025, 50% dos fundos seja ESG no mundo. Teremos cada vez mais capital focado em gerar impacto positivo no mundo.
5. Atração e retenção de talentos. Sentir que o trabalho gera impacto positivo no mundo.
Entendemos a importância. Mas o que significa cada uma dessas letras E, S e G?
O ESG contribui na construção de um novo modelo capitalista, em que colocamos na conta de geração de valor e retorno, não só os acionistas, mas também os vários grupos de interesses da empresa (multistakeholders): Colaboradores, clientes, fornecedores, e investidores. E, sobretudo, a natureza.
O “E” de Environment (Meio-ambiente)
Com as mudanças climáticas no centro das discussões internacionais, não regenerar e/ou não prejudicar o ecossistema em que a empresa está inserida deve fazer parte da estratégia.
Os principais pontos de atuação são:
- Neutralização da emissão de gases de efeito estufa
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- Uso eficiente da água
- Gestão de resíduos
O “S” de Social
Refere-se a como a empresa se relaciona com seu ecossistema de atuação e quais as oportunidades e desafios existem. Trata-se de alterar a maneira de se relacionar com:
- Clientes - ser orientado às suas necessidades e desejos
- Colaboradores - a desenvolver uma cultura de inovação transformativa orientado ao propósito
- Comunidade – conexão aos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável). Não é mais sobre gerar empregos, pagar impostos e gerar investimentos.
- Fornecedores – se tornam parceiros, investem e tomam riscos juntos
O “G” de Governança
Construir um forte relacionamento com o ecossistema estabelecendo e respeitando políticas, regras e normas, como:
- Estruturando um Conselho de Administração composto de conselheiros externos e independents com reuniões recorrentes
- Relacionamento com acionistas minoritários
- Dando transparência na divulgação das informações
- Código de conduta
- Dentre outros
E, como aplicar o ESG na minha empresa?
Em primeiro lugar, o importante é identificar o que é material para o negócio, ou seja, o que influencia diretamente, o core-business. Por exemplo:
Para a indústria alimentícia, o desmatamento é uma questão. Portanto, endereçar práticas de meio-ambiente é fundamental.
Para a indústria de tecnologia e financeira, atrair e reter talentos é chave, portanto, trabalhar a diversidade e equidadade de gênero é essencial.
Para a indústria de infra-estrutura – a governança é chave.
Empresas que se anteciparem às mudanças que se tornarão necessárias, reduzirão riscos e se tornarão pioneiras.
E, estamos aqui para contribuir nessa construção através de nosso Método de Estratégia ESG (MEE). Para saber mais, entre em contato conosco: contato@entre-iris.com
Abraços,
Bruna Rezende