Como as Pequenas e Médias Empresas estão sobrevivendo a crise na área de Petróleo & Gás.

O Petrolão, as investigações da Operação Lava Jato, a queda no preço do barril do Petróleo, a redução das notas de crédito nas agências de classificação de risco, a descredibilidade internacional, enfim, todo este cenário afetou a captação de recursos necessários para investimentos previstos na Petrobrás, como a exploração do Pré-sal e a conclusão de Projetos já definidos pela CIA, por exemplo. Com isso, as empresas da Cadeia produtiva de Petroléo e Gás foram diretamente afetadas e estão se reinventando para buscar alternativas para sair da crise que se instalou no País. 

A cadeia de Petróleo e Gás é bem abrangente e heterogênea e as Micro, Pequenas e Médias Empresas para se inserirem e se manterem neste Mercado, devem estar aptas e capacitadas para fornecer produtos e serviços que atendam as demandas tecnológicas do setor. Inspiradas pela perspectiva positiva que havia sob o Mercado P&G e principalmente, por incentivo de Instituições de Apoio as Pequenas e Médias Empresas, foram criadas redes de cooperação, como a Rede Petro. Com a finalidade de criar um ambiente de articulação entre as empresas fornecedoras, as Empresas de Petróleo, o Governo e as instituições de pesquisa e de fomento, as Redes de Negócios, tinham o objetivo de acelerar o processo de desenvolvimento da base industrial local, com a perspectiva de acelerar a adequação tecnológica para o atendimento das demandas do setor, de forma a tornar estas empresas mais competitivas e preparadas.  

As Redes Petro hoje são uma realidade no País e estão presentes em vários Estados, reunindo quase 2.000 Micro, Pequenas e Médias Empresas, que investiram tempo e seus recursos em cursos de capacitação, em contratação de consultorias para melhorar sua gestão e agora, diante do cenário atual passam por um momento difícil. Mas o espírito Empreendedor, a garra e a força de vontade de seguir adiante buscando resultados positivos para seus negócios, aquele mesmo sonho que os inspirou a inserir suas Empresas em uma Rede de cooperação, os mantêm unidos para reverter o quadro de crise em novas oportunidades de Mercado. 

As Empresas estão revisitando seus planejamentos estratégicos, redefinindo os cenários para os próximos anos e ajustando seus negócios, buscando remover desperdícios, reduzir custos e aumentar a eficiência de seus resultados. 

Ampliar seu networking e ficar atento as oportunidades de outras Empresas de Petróleo, não focar apenas na Petrobrás, assim como desenvolver um novo produto ou serviço, utilizando as formas de fomento existentes (FINEP, FAPERJ, AGERIO)  pode ser um excelente negócio. 

Quando o mercado se reaquecer, as Empresas devem estar preparadas preventivamente. Certificar sua gestão, qualificar seus bens e serviços, se preocupar em minimizar em seus processos produtivos os impactos ambientais e cuidar da segurança e saúde dos seus colaboradores, são diferenciais competitivos que devem ser considerados.  

A participação em Eventos, Seminários e Palestras promovidos por Instituições e Orgãos de Apoio ao Setor, como SEBRAE, Firjan, Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Governo do Estado, ONIP, ANP e pelas Redes Petro Locais, permitem a troca de idéias, de experiências e são uma forma de identificar e aproveitar as oportunidades. 

Essas são algumas das alternativas que podem fazer a Empresa atravessar este momento de crise, mas lembrando que para mudar tem que ter ATITUDE. Muitos empresários tem acesso a informação e o que fazer com esta informação é que faz toda a diferença. Já é hora de enxugar as lágrimas, parar de se lamentar e partir para ação. Vamos logo, que a hora é essa!! 

Por: Rafaella Rosa.

Gestora de SST e Diretora da Play Cipa Segurança do Trabalho, há 20 anos. Presidente da Rede Petro Leste Fluminense, uma Associação de Empresas que atua na Cadeia Produtiva de Petróleo & Gás, energia e área Naval.