Posicionamento da Findes sobre a importância da retomada do programa de desinvestimentos da Petrobras
A Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) manifesta seu posicionamento a respeito das perdas econômicas e sociais que o Estado e o Brasil podem ter diante da suspensão das vendas em trâmite ou não concluídas de ativos da Petrobras.
A Federação acredita ser determinante a retomada imediata das negociações relacionadas aos ativos para garantir a continuidade de projetos que contribuem para o crescimento do setor de óleo e gás e para o desenvolvimento do Espírito Santo. Além disso, se colocou à disposição como parceira na construção de análises sobre a importância dos processos para o desenvolvimento socioeconômico sustentável do Estado.
Na última semana, o Ministério de Minas e Energia (MME) solicitou à petrolífera a interrupção por 90 dias das negociações em razão da reavaliação da Política Energética Nacional e da nova composição do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).
No Espírito Santo, por exemplo, os negócios em curso – que podem ser comprometidos com a suspensão - somam US$ 619 milhões em dois contratos já assinados e que ainda aguardam desfecho. Um é o Polo Norte Capixaba, com campos maduros onshore, para a Seacrest Petróleo, por US$ 544 milhões, e o outro são os Polos Golfinho e Camarupim, no pós-sal da Bacia do Espírito Santo, para a BW Energy, por US$ 75 milhões.
A Findes entende que a conclusão dos contratos já firmados e em fase de negociação garante a abertura de mercado e promove a melhoria da competitividade da indústria, a atração de novos investidores para o Espírito Santo, gerando empregos e impulsionando o crescimento econômico da região.
Além disso, irá viabilizar a entrada de novos players no mercado que podem incentivar a inovação e a modernização dos processos produtivos, com possibilidade de aumento do número de fornecedores de petróleo e gás, celebração de acordos para o acesso às infraestruturas essenciais, trazendo benefícios para toda a cadeia produtiva.
Vale destacar também que o movimento de venda de ativos de produção de petróleo e gás natural confere mais pluralidade ao setor e ajuda a reduzir a dependência da cadeia produtiva de projetos da Petrobras.
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Exemplo disso é a atuação de petroleiras menores e privadas focadas em explorar campos em terra (onshore), justamente a partir do plano de desinvestimentos da estatal, iniciado em 2015.
O aumento da participação das pequenas e médias empresas nesse mercado, inclusive, tem contribuído e vai contribuir ainda mais para a produção de óleo e gás no Espírito Santo e no Brasil. Segundo estimativa da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o volume de produção onshore de petróleo, no país, deve sair de 93 mil barris/dia, em 2022, para 153 mil barris/dia, em 2032, um crescimento de 64,5%.
Apesar de o mercado onshore ser responsável por apenas 6% da produção total do Brasil, ele pode ter um papel fundamental na criação de oportunidades e na aproximação dos atores dessa cadeia, já que, hoje, empresas locais ainda encontram grande dificuldade de acesso à multinacional.
Cabe destacar ainda que, caso o programa de desinvestimentos não aconteça, os projetos serão descomissionados, uma vez que, para a Petrobras, não há viabilidade econômica nessas atividades.
Dessa forma, por defender o desenvolvimento da indústria capixaba, o fortalecimento da cadeia de fornecedores e estimular um mercado mais competitivo, a Findes segue confiante na articulação do Governo Federal, para que se assegure a continuidade da abertura do setor – em especial a venda de ativos da Petrobras e a diversificação do mercado de petróleo e gás natural.
Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes)
Consultor em Economia e Finanças na AMConsultorias
1 aA política de desinvestimentos da Petrobras é fundamental para aumentar a competitividade no setor. Por meio dessa política, será possível, permitir o compartilhamento das infraestruturas de transporte. Esse compartilhamento é essencial para a entrada de novos competidores e permitir a elevação do número de agentes nessa indústria. Nesse momento, é necessário que o bom senso e o verdadeiro desejo de viabilizar o desenvolvimento econômico dominem o sentimento dos gestores públicos
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1 aCristhine Samorini Ficamos na torcida em prol do desenvolvimento econômico do estado!! Bom ler o posicionamento da indústria capixaba!!
Karavan | Senior Advisor I Squared Capital Brazil
1 aTem sido um prazer investir no Espírito Santo, onde encontramos um ambiente republicano e muito profissional, sempre centrado na melhoria de vida da população. Mais por vir.
CEO | M.A MENDES CONSULTORIA E GESTÃO EM COMÉRCIO EXTERIOR.
1 aO PT vai acabar com o Brasil