Como usar o conhecimento aprendido na faculdade?

O conhecimento aprendido na faculdade parece ser aplicado de acordo com o contexto. Ao longo dos anos universitários lemos uma gama de informações. Naquele momento, tudo o que interessa é a aprovação na disciplina. Após a formatura é que iniciam os questionamentos de como aqueles conteúdos poderão contribuir. Conheço muita gente que se propõe até a revisar as matérias da faculdade para o aprimoramento de sua prática. Atitude louvável !

Na atualidade, os editais dos concursos públicos encarregam-se de reduzir o conteúdo programático ao que os interessam, de acordo com a Banca organizadora, e a cobrança nas provas transformam-se mais seletivas ainda. Algumas bancas de Concurso chegam ao detalhamento de questionar o que determinado autor disse no texto " X ".

No mercado de trabalho, o conhecimento exigido estará voltado, principalmente, para o segmento de atuação ( saúde, assistência social, educação, etc ), mas logo se perceberá a necessidade de buscar mais informação sobretudo na articulação teoria e prática. A coerência teórica, a objetividade dos instrumentais, o desafio da sistematização da prática serão algumas das preocupações profissionais.

Após 10 anos lecionando no ensino superior presencial e há 5 na educação à distância, confesso que preocupa-me, não apenas a qualidade da formação, mas o nível de RETENÇÃO de conhecimentos.

Tenho visto egressos das universidades sentirem-se inseguros no fazer profissional: seja para implantar o Serviço Social, seja para execução dos instrumentais, por vezes não percebem nem o objeto de intervenção profissional no espaço socio ocupacional.

Bem como é observado que os egressos, não mais alcançam as melhores notas nos concursos públicos. Tem se levado em média, uns 2 anos para aprovação e isso com estudo constante.

É certo que a qualidade da formação profissional é uma pauta permanente para os órgãos representativos da profissão, mas preocupo-me também com a qualidade da RETENÇÃO do conhecimento.

Sei que o período da formação profissional, por vezes é muito corrido, marcado por incoerências institucionais da unidade de ensino ou pela dificuldade do aluno de conciliar estudos, trabalho e vida pessoal.

Vale a reflexão !