Como vamos cumprir o nosso compromisso com a descarbonização

Como vamos cumprir o nosso compromisso com a descarbonização

Podemos dizer que 2021 foi o ano dos compromissos climáticos. Meia década depois do Acordo de Paris, o mundo se reuniu novamente na COP26, Conferência do Clima da ONU, realizada na Escócia. Na ocasião, debateu-se sobre as metas e os deveres relacionados à descarbonização. O Brasil, por exemplo, se comprometeu em reduzir suas emissões em 50% até 2030. Ao lado de China e Estados Unidos, que também aderiram, o país compõe um grupo responsável por 90% das emissões globais de gases de efeito estufa. É um volume enorme.

Pois bem, palavras foram dadas, papéis assinados. Tudo certo. Mas e agora, como isso efetivamente ganhará forma por aqui? Estamos diante de uma questão recorrente – e bastante complexa.

Quando uma nação reconhece essa responsabilidade, ela depende do apoio de outros organismos da sociedade para executá-lo. Ou seja, alcançar tais metas exige um esforço coletivo. Ciente dessa necessidade, organizações pertencentes aos mais variados setores vêm firmando compromissos com a descarbonização, prometendo zerar as suas emissões até 2050.

A Braskem, companhia da qual faço parte, é uma delas. Nos comprometemos a reduzir em 15% as emissões absolutas de CO2 até 2030 (dentro dos escopos 1 e 2, que contemplam emissões diretas e as relacionadas a partir do consumo energético) e neutralizá-las até 2050.

Você já parou para pensar sobre o que isso efetivamente representa para uma empresa? Essa movimentação demanda demais de todas as equipes porque precisamos criar ações concretas, capazes de atender os objetivos que traçamos. Pode parecer que temos tempo sobrando, mas se não tivermos um excelente planejamento, não conseguimos. Falo aqui de uma mudança profunda, que mexe com todas as nossas estruturas.

Trata-se de um trabalho que requer uma verdadeira transformação na forma de obter, usar, consumir e pensar sobre a adoção de matérias-primas e processos. Nesse sentido, considero que um dos pontos mais críticos é a energia que utilizamos. Segundo um estudo divulgado recentemente pela Deloitte, a melhoria da eficiência energética é um passo crucial para descarbonizar a economia.

A consultoria destacou ainda que investir em inovação é uma forma eficiente de ampliar a oferta e viabilizar o consumo de energias renováveis. Concordo. Na Braskem, por exemplo, estamos aumentando significativamente a participação das fontes eólica e solar. Já temos contratado em torno de 30% do nosso consumo no Brasil oriundos dessas fontes, parte já em operação.

Essas e outras iniciativas fazem parte do Programa Global de Descarbonização Industrial, que tem o objetivo de estruturar e evoluir todas as nossas iniciativas de promoção à descarbonização, fundamentais para o atingimento de nossas metas relacionadas ao tema.

Felizmente, colecionamos bons exemplos nesse sentido. Cito alguns deles abaixo:

·      Firmamos uma parceria com a Veolia para a produção de energia renovável a partir da biomassa de eucalipto, com potencial de redução de cerca de 150 mil toneladas de CO2 por ano (falei dela aqui: https://bit.ly/3M9JKrf); 

·      Parceria com a Canadian Solar Inc., firmada em 2020, para a construção de usina solar em Minas Gerais, com potencial de evitar a emissão de 500 mil toneladas de CO2 nos próximos 20 anos (leia mais aqui: https://bit.ly/3sbNUs5);

·      Acordo de fornecimento de energia eólica com a Casa dos Ventos, que prevê o fornecimento de energia renovável pelos próximos 20 anos, com potencial de evitar a emissão de 700 mil toneladas de CO2 no período do contrato (leia mais aqui: https://bit.ly/3h8tZE6);

·      Contratos de longo prazo de energia eólica em parceria com a EDF Renewables, que irão possibilitar a redução de aproximadamente 1 milhão de toneladas de CO2 em duas décadas.

Não foi fornecido texto alternativo para esta imagem

Todos esses projetos têm demandado esforço e investimento relevante em pesquisa e na implementação. Os resultados que estamos colhendo, entretanto, mostram que a dedicação valeu a pena. E, para mim, é essencial que as companhias tenham essa consciência. Para se ter uma ideia, de acordo com um levantamento realizado pela McKinsey, zerar as emissões custará cerca de US$ 9,2 bilhões ao ano. Ou seja, não é algo simples e muito menos barato.

Isso está muito claro para nós aqui na Braskem. Não à toa, temos apostado na atualização das unidades produtivas para assegurar maior eficiência aos processos. Uma coisa depende da outra – e devemos aproveitar o melhor de cada ferramenta que temos à nossa disposição.

Iniciativas como essas mostram que por trás de um importante anúncio, que no caso é o compromisso com a descarbonização, há muitas pessoas trabalhando para que esses objetivos sejam efetivamente alcançados.

Escolhemos esse caminho porque acreditamos que a inovação sustentável é essencial para tornar o mundo um lugar melhor para se viver. Você também defende essa ideia?

Muito importante para toda a sociedade essas mudanças que estão sendo implementadas e realizadas pela BRASKEM visando a redução da emissão de carbono

Maurício Grafulha

Engenheiro de Projetos | MBA Gestão de Projetos | Especialista em Energias Renováveis | Engenheiro Eletricista Sênior | Gestão de Projetos | Gestão da Manutenção

2 a

O objetivo é realmente nobre e valioso para a sociedade. Na prática representa mudanças profundas nas organizações, o que requer muito engajamento e capacitação de todos os profissionais, para que possam se adaptar as mudanças no tempo correto.

Wesley Ambrosio

Head of Polymers Process Engineering at Braskem

2 a

Um excelente resumo de ações concretas que a Braskem está tomando buscando cumprir seus compromissos de descarbonização. Sem dúvida, ações como estas geram resultados e credibilidade, que certamente serão recompensados pela sociedade. Parabéns Marcelo e equipe, pela liderança neste processo.

Entre para ver ou adicionar um comentário

Outras pessoas também visualizaram

Conferir tópicos