Competência Técnica x Competência Comportamental

Duas condições que sempre influenciam as escolhas e direcionam não só os recrutadores, mas bem como os gestores: Competências técnicas e comportamentais

Vejo este dilema acontecer com certa frequência nas empresas, muitos dos gestores, estão interessados apenas nas competências técnicas e os recrutadores, por vezes, olham pelo prisma do comportamento.

Eu, apoio o olhar da competência comportamental, pois acredito que seja mais fácil desenvolver as competências técnicas, do que as competências comportamentais. É claro que o candidato deve e precisar saber o que, e como desempenhar suas funções, contudo, muitas vezes dou preferência a candidatos que sabem construir boas relações interpessoais, sabem ouvir, tem criatividade para solucionar os desafios que surgem, constroem um ambiente de trabalho leve e produtivo, se mantem motivados e alegres.

É claro que o ideal, seria encontrar estas duas competências bem desenvolvidas no candidato, mas nem sempre isso é possível. E quando o impasse acontece, voce tem um candidato muito bem preparado cognitivamente, porém com baixa ou quase nenhuma inteligência emocional ou comportamental, ou vice-versa, quando o candidato é capaz de se relacionar e produzir de forma leve e madura, mas deixa a desejar quanto ao conhecimento técnico que a função exige?

Como profissional no campo do desenvolvimento humano, sempre acredito que as pessoas podem e devem ser desenvolvidas, tanto faz se cognitivamente ou emocionalmente. A questão é que tanto uma competência quanto a outra, o fundamental, é que o colaborador, reconheça sua deficiência e queira se desenvolver e crescer tanto como ser humano, como um profissional.

Outra questão também importante, é respeitar a cultura da empresa, e o perfil do gestor, pois, se ambos dão preferência para um determinado perfil, não adianta o RH querer alocar uma pessoa que não está dentro do que o ambiente espera dele. Ou ambos entendam a demanda do Rh ou vão viver em “pé de guerra”, além claro, que se deve dar acesso as ferramentas que irão contribuir para o desenvolvimento do mesmo. Se houver a necessidade do colaborador realizar um curso, uma formação, ou mesmo de ter acesso a um profissional, seja de mentoria, coaching, ... a empresa deve estar atenta e permitir o crescimento e o desenvolvimento do profissional. Só assim, os resultados favoráveis, alta performance, bom relacionamento e o clima organizacional serão atingidos de forma produtiva e positiva.