A COMPETITIVIDADE E O EFEITO REDE
Até bem pouco tempo as empresas eram senhoras do seu destino, elas ditavam o comportamento do mercado, definiam o que e como produzir; em que e quando inovar.
Mas os tempos são outros, hoje vivemos uma era de contínua disrupção e explosão criativa, onde modelos de negócios nascem e se vão numa velocidade até então impensada. E nesse cenário emerge uma nova economia, que tem no conhecimento o maior ativo, na informação a principal moeda, e onde o poder de escolha recai agora nas mãos do personagem principal, do protagonista primeiro, o cliente.
Envolto no “efeito rede”, fenômeno pelo qual um novo produto ou serviço ganha valor adicional à medida que mais pessoas passam a utiliza-lo, nosso personagem (o cliente) detém enorme poder de barganha em face das opções que desfilam à sua frente, aos seus olhos, à distância de um click.
Nesse mundo a um só tempo volátil, incerto, complexo e ambíguo (mundo vica), vencer requer alta dose de resiliência. É preciso agilidade para perceber tendências e mudar no tempo certo; disciplina para conviver com as incertezas e planejar em ciclos cada vez mais curtos; inteligência para divergir de prováveis soluções, testar novas opções, errar rápido e com baixo custo; clareza de propósitos e precisão de objetivos para enfrentar a incerteza com coragem e determinação.
No momento ora vivido por quem empreende, vale mais que nunca o pensamento do futurista Alvin Toffler, para quem “o analfabeto do século XXI não será aquele que não lê ou escreve, mas aquele que não consegue aprender, desaprender e reaprender”. Em tempos disruptivos a habilidade de aprender o novo é pré-requisito para a competitividade.
Francílio Dourado Filho
Sócio-Diretor da E2 Estratégias Empresariais