Compliance até no almoço!
Ontem, almoçando em um restaurante na minha cidade, observava na mesa ao lado um senhor e seu filho que já haviam se servido no buffet e sentavam-se à mesa para iniciar a refeição.
A atitude desse senhor já havia me chamado a atenção. Antes de iniciar a refeição com o filho, retirou sua máscara, cerrou as mãos e com os olhos fechados fez uma breve oração. Rotineiramente, essa atitude é muito presente no dia a dia com minha família em casa, mas confesso que muito raro em restaurantes.
Pois bem, quando este senhor literalmente iniciou sua refeição, observamos juntos, uma menininha de aproximadamente 5 ou 6 anos correndo no corredor em direção ao seu pai que estava com um bebê no colo e sentado ao lado de uma outra mesa próxima, tecendo ao seu pai algumas palavras.
Imediatamente, ao ver a menina se afastando desse pai, este senhor se levantou, colocou rapidamente sua máscara, dirigiu-se ao pai de braços abertos e, depois de um rápido diálogo, tomou o bebê em seus braços, podendo então, o pai servir-se no buffet, ainda mantendo os olhos atentos ao bebê e a pequena menina juntos àquele senhor. Tão logo o pai se serviu, retornou a sua mesa e retomou o bebê em seu colo.
O que pude notar nessa história é que eles NÃO se conheciam, e isso não impediu este senhor de pausar sua refeição recém iniciada e ajudar um pai que não conseguia se servir com o bebê de colo. Ainda acrescento um detalhe importante: no dia deste evento fazia muito frio na cidade onde moro, no interior do Estado de São Paulo, e muito provavelmente o tempo que este senhor ficou a segurar o bebê, fez com que sua refeição esfriasse.
Assisti a esta cena bem intrigado enquanto me alimentava, procurando deduzir a situação e quando fui embora, fui ao encontro do senhor – Marcelo, seu nome – e agradeci a lição que ele havia me dado com aquela atitude. Ele, por sua vez, com um sorriso sincero no rosto, me agradeceu, mesmo tendo sido interrompido mais uma vez em sua refeição, desta vez por mim.
Após esse relato posso concluir que agir CERTO e FAZER O BEM não tem dia, temperatura, hora e nem lugar. Fazer o certo porque “O CERTO É CERTO” é um dos mantras de Compliance que temos em nossa empresa.
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E isso é uma questão de cultura, de história, de ética e, porque não falar, de treino.
No mundo corporativo cabe as empresas incentivar essas atitudes. Seja pelos exemplos partindo da Alta Administração, seja por incentivos através de reconhecimento de tais ações de conduta e pela insistência em treinamentos e comunicações.
Lições como esta devem ser cotidianas e usuais. E, trazendo novamente outro “mantra” muito propagado em nosso escritório: o óbvio precisa ser dito e escrito!
Por mais atitudes assim! Por mais integridade nas empresas. Compliance em TUDO!
Luiz Fernando Nóbrega – Consultor de Compliance
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3 aObrigado professor por compartilhar essa experiência que tem uma grande lição a ensinar.
CFO, CEO, Board Consulting, Empresário experiente no planejamento, desenvolvimento e organização de negócios.
3 aLuiz, presenciar situações como essa, e ter o foco principalmente, é super agradável, e melhor, tirar lições positivas desses exemplos, parabéns pela observação e palavras, abrs e sucesso.
Líder Projeto Capital Markets na Crowe Macro (Brazil)
3 aExtremamente aguda sua visão e interpretação desse episódio singelo. Grande abraço,