Compliance vs Riscos

Em um mundo repleto de informações e cada vez mais conectado nunca se ouviu falar tanto no termo Compliance e nos benefícios que um bom programa pode trazer às empresas. O cenário político no Brasil, juntamente com a aprovação de Lei 12.846/13 – conhecida como Lei Anticorrupção – tornaram ainda mais evidente a necessidade de uma área de Compliance, em especial nas grandes empresas. A aplicação de uma boa política organizacional alinhada aos interesses da sociedade, bem como de seus clientes é uma crescente preocupação das empresas que adotam tal procedimento.

Uma gestão pautada pelo Compliance deve ser marcada pela transparência, transcendendo o aspecto operacional e por óbvio invade os campos da ética e da moral. Nesse sentido, é o mesmo que se comprometer com a integridade na tomada de decisões diárias da companhia, o que resulta em menores riscos.

No mundo corporativo, o Compliance das grandes instituições pode ser destrinchado em três níveis para sua melhor aplicação e execução: gestão de riscos, governança corporativa e gestão de processos e negócios. Idealmente essas três peças da engrenagem devem funcionar de forma harmônica, a fim de garantir que a empresa esteja entregando valor aos seus clientes e parceiros de negócio.

Como dito anteriormente, o Compliance, também denominado programa de integridade, tem se tornado muito difundido no Brasil e no mundo, especialmente, num contexto no qual há cada vez menos tolerância com as práticas de corrupção e atos ilícitos. O risco de atuar sem o programa é grande, podendo acarretar em sanções legais ou financeiras à instituição. Esse tipo de conduta, em última instância, pode extinguir uma organização, seja pelos altos custos das multas e penas impostas, seja pela perda total de sua reputação (dano à imagem).

A principal e mais óbvia vantagem de se adotar um bom programa é preservar a integridade civil e criminal dos membros da administração, demais colaboradores e até da própria empresa. Nesse sentido, mantendo as práticas dentro da regularidade, a organização se afasta de problemas com a lei.

Isso acarreta em um aumento de eficiência, já que os gestores da empresa passam a tomar decisões com maior qualidade e com maior clareza, reduzindo seus custos operacionais. Esse alinhamento de todos em volta de uma ética robusta aumenta o sentimento geral de satisfação e traz uma maior confiança aos clientes.

Nesse sentido, os números apontam que empresas com um Compliance forte adquirem vantagem competitiva ao oferecer uma cultura organizacional capaz de reter colaboradores talentosos e éticos, além de fidelizar clientes e garantir a prosperidade da companhia.