COMUNIDADES SINALIZANTES 
                 LOGÍSTICA

COMUNIDADES SINALIZANTES LOGÍSTICA

As comunidades surdas são minorias linguísticas com artefatos culturais riquíssimos, marcadas pela peculiaridade linguística. As línguas de sinais são de modalidade visoespacial que, por meios das mãos, em articulação com o corpo e a face, produzem sinais e discursos complexos. Organizada espacialmente diante da pessoa que produz a língua, por meio de um sistema linguístico regrado, tem o mesmo status de qualquer outra língua.

No Brasil, temos a Língua de Sinais Brasileira (Libras), reconhecida pela Lei nº10.436, de 24 de abril de 2002, como meio legal de expressão e comunicação da comunidade surda brasileira. Além dela, temos no país línguas de sinais indígenas e de comunidades surdas locais. A popular Lei de Libras é regulamentada pelo Decreto nº 5.626, de 24 de abril de 2005, que institui a disciplina de Libras como componente curricular obrigatório nos cursos de licenciatura, fonoaudiologia e pedagogia, bem como disciplina optativa nos demais cursos de instituições de ensino superior. Portanto, esse decreto tem o intuito de disseminar a Libras.

QUADROS; KARNOPP, 2004. " As línguas de sinais possuem todos os níveis linguísticos existentes nas línguas orais, ou seja, fonologia, morfologia, semântica, sintaxe e pragmática." Portanto, é tão língua quanto a língua oral, apenas expressada, por outra modalidade.

Além de ser incorreto, do ponto de vista teórico, usar o termo "linguagem de sinais" é pejorativo, já que diminui a língua de sinais, como se por meio dela não fosse possível expressar conceitos abstratos e complexos, levando à ideia equivocada de que a Libra é apenas mímica, pantomima e gestos.

Os surdos possuem uma língua que no caso brasileiro é a Língua Brasileira de Sinais (Libras), adquirida naturalmente, da mesma forma que pessoas ouvintes aprendem a língua portuguesa.

No entanto, as crianças surdas, temos uma peculiaridade, já que cerca de 95% dos bebês surdos, nascem em famílias ouvintes que não sabem língua de sinais e têm pouca ou nenhuma informação a respeito das possibilidades de educação bilíngue para crianças surdas.

Os indivíduos surdos são uma minoria linguística e aprendem a língua dos sinais de forma natural quando entram em contato com seus pares, isto é, com a comunidade surda sinalizadora. A língua da comunidade ouvinte, que é majoritária, é aprendida como segunda língua no caso dos Surdos Brasileiros, a língua portuguesa.

É um equívoco, cometido por alguns profissionais da área da saúde, afirmar que a aquisição e uma língua de sinais prejudica a fala; Esse argumento já foi refutado diversas vezes, já que a aquisição de uma língua não atrapalha, de modo algum, a aprendizagem de outra.

Um ponto importante ressaltado por Gesser (2009) é que a soletração digital tanto na sua forma produtiva (do ponto de vista de quem articula) quanto na receptiva (do ponto de vista de quem lê), pressupõe que a pessoa seja alfabetizada. Assim, como as crianças surdas que ainda não são alfabetizadas se comunicariam.

O surdo/ ouvinte não alfabetizado (leitura/escrita) na língua oral da comunidade ouvinte majoritária teria a mesma dificuldade que um indivíduo iletrado para utilizar esse recurso. O alfabeto manual da Língua Britânica de Sinais (BSL) é completamente diferente do alfabeto manual de Libras.

A língua de sinais tem estrutura própria, e é autônoma, ou seja, independente de qualquer língua oral em sua concepção linguística (GESSER, 2009)

AS línguas de sinais variam muito, até mesmo dentro de um país ou estado. Segundo Sofiato (2011), podemos citar como exemplos:

Surdos Franceses - Língua de Sinais Francesa (LSF)

Surdos Norte Americanos - Língua de Sinais Americana (ASL)

Surdos Brasileiro - Língua de Sinais Brasileiro (Libra)

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