Conarh 2019 - Pipocas, reencontros e a importância do Agile

Conarh 2019 - Pipocas, reencontros e a importância do Agile

Fim de Conarh 2019. Três dias de muitas palestras, trocas de ideias e conhecimentos e reencontro com antigos colegas de trabalho. Curiosas e enormes filas para pegar pipocas em stands, corredores cheios, mas o que marcou mesmo foram as análises e argumentos mais objetivos da função do RH, para além da proposta de humanizar as relações do evento. Ouvir as palavras otimistas e cheias de amor do palestrante-celebridade Patch Adams, médico-palhaço americano de 74 anos que usa o humor para tratar pacientes (retratado no cinema por Robin Williams no filme homônimo “Patch Adams – O Amor É Contagioso”, de 1998), ajudam no aspecto postura em relação à vida, mas a descrição pé no chão de Henrique Imbertti, palestrante, diretor de Agilidade Organizacional do Luizalabs e que já foi agile coach no Spotify, focam no que podemos mudar na prática. Gostei da forma como ele explica de maneira clara e objetiva o Agile nas organizações. Imbertti desmistificou tudo aquilo que as pessoas inicialmente associam à metodologia ágil, com sua dita nomenclatura complexa. Pode parecer um detalhe, mas é o que faz entender e não adornar a Agile e afastá-lo das pessoas, de seu poder de realizar. O Agile veio para ficar e o foco deve ser a adaptação das empresas – mudar é a palavra de ordem, a autogestão é a consequência. As metodologias ágeis estão muito mais ligadas a uma questão cultural nas empresas, na forma como os colaboradores realizam suas tarefas, do que qualquer outra coisa. 

Atuar com transparência com times e tribos de múltiplos conhecimentos, em prol de um resultado único que é a entrega para o cliente. O trabalho do um, do indivíduo dando lugar ao coletivo e ao sentimento de pertencer, todos colaboram inspirados, engajados ascendendo o trabalho feito com sucesso por times de múltiplas áreas, com autoridade distribuída e alinhada pela verdadeira governança corporativa. 

Outra palestra que gostei foi a de Renato Ferrari, partner da APTA11, que tratou da Holacracy, ou nova maneira de organizar o poder, que trata justamente do que mencionei linhas acima, de como o Agile funciona dentro da organização, do ponto de vista da estrutura organizacional. Reforça a mudança necessária dentro da empresa para que a metodologia ágil funcione, engrene realmente. E nada mais é que uma mudança cultural, do comando e controle para a auto-gestão, de metas para o propósito. Uma mudança na cultura da liderança.

A conversa entre Fred Trajano, CEO do Magazine Luiza, Marco Kali, VP de Global Services da IBM e Camilla Junqueira, CEO da Endeavor, levantou questões fundamentais sobre a cultura das organizações, que só é disseminada internamente quando o CEO ou a principal figura na empresa vive e sente no dia a dia – de verdade! Não adianta estabelecer princípios, propósitos e valores que não estejam alinhados a essa postura que vem do topo. É preciso girar a chavinha do mindset dos velhos tempos, com pirâmides hierárquicas e processos replicáveis que imprimem medo e crenças muitas vezes míticas.

O Agile é simples, eficaz, não tem espaço para vaidades, para o exercício do poder e para falta de transparência. Quando o conhecimento pertence a todos a contribuição é maior e a entrega mais efetiva.




Marcos Baldigen

Especialista Seguro Garantia na GemAway Seguros | Desenvolvimento Estratégico de Negócios, Gestão de Seguros

9 m

Ana, obrigado por compartilhar!

Maria Viana II

Representante de desenvolvimento de vendas na Novatics

2 a

Ana, obrigada por compartilhar!

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