CONFIANÇA É UMA DECISÃO!
A maioria das organizações almeja um ambiente onde seus colaboradores participem ativamente, proponham soluções e contribuam para o crescimento. No entanto, para que isso se torne realidade, é fundamental construir uma cultura de confiança. Mais do que isso, é necessário refletir sobre o quanto o ambiente favorece essa construção, tanto entre as pessoas quanto para com a organização.
Confiança, definida como “credibilidade ou conceito positivo que se tem a respeito de alguém ou algo”, é um pilar central. A questão é: buscamos apenas os resultados que a confiança pode gerar ou estamos realmente dispostos a promovê-la por meio de ações concretas? Essa reflexão é essencial, pois há uma diferença significativa entre querer os frutos da confiança e trabalhar ativamente para cultivá-la.
Culturas que incentivam a confiança costumam ser mais inovadoras e colaborativas, com pessoas entregando resultados de forma mais humana. Um exemplo disso pode ser visto no Vale do Silício, onde a confiança é muitas vezes promovida antes mesmo de se conhecer profundamente as pessoas. O medo de perder oportunidades é uma das premissas por lá, e para combatê-lo, líderes e equipes precisam confiar mutuamente desde o início, criando uma base sólida para colaboração e inovação. Essa abordagem difere bastante da cultura brasileira, onde a confiança muitas vezes é construída gradualmente, baseada em relacionamentos e tempo.
Muitos gestores querem equipes que se sintam seguras para errar, sem medo de expor ideias ou falhas. Esse é o mundo ideal. Mas como isso se traduz na prática? Um dos primeiros passos é promover a segurança psicológica, que é a base para que os colaboradores sintam-se confortáveis em se expressar sem temer julgamentos ou punições. Ela permite que os indivíduos se sintam seguros para viver a vulnerabilidade, ou seja, se expor sem saber o resultado final.
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Segurança psicológica, portanto, é a capacidade de promover um ambiente onde as pessoas se sintam seguras para serem quem são, para falar, errar, aprender e contribuir. E isso só ocorre quando líderes também demonstram sua vulnerabilidade, pedem ajuda quando necessário e promovem um ambiente de confiança mútua.
Por outro lado, muitos colaboradores, ao não encontrarem esse ambiente seguro, acabam se retraindo, aceitando um papel passivo. Ficam em silêncio nas reuniões, concordam superficialmente com a liderança, mas discordam nos bastidores. Esse comportamento não contribui para mudanças reais. É preciso coragem para sair desse ciclo e assumir um papel mais ativo.
Confiar exige coragem. Coragem de falar quando a maioria discorda, de se expor ao erro e ao aprendizado, de agir mesmo diante de incertezas. No fundo, confiança é uma escolha, tanto de confiar em si quanto no outro. Quando essa escolha é feita, ela transforma equipes, líderes e organizações, abrindo caminho para a inovação e o crescimento, como observado nos ambientes mais disruptivos e dinâmicos do mundo.
E você, está pronto para confiar? Pense nisso!