Conhecimento é importantíssimo, mas espírito empreendedor ganha jogo

Conhecimento é importantíssimo, mas espírito empreendedor ganha jogo

A minha estreia no mercado de trabalho foi tradicional. No meu tempo de debutante, em 2001, era bem simples: entrevista/conversa, o entrevistador gostou do seu perfil e done, "quando você pode começar?".

Após contratado, as responsabilidades cresciam com base no seu interesse em aprender e experiência. Normal. O que mudou bruscamente - eu diria de 2010 para cá com força - e que muitos da (minha) geração Y não estão conseguindo se adaptar são a evolução do mercado e a competitividade, oriundas principalmente das inovações tecnológicas. Nada disso é novo, eu sei. O cerne deste artigo está em como nós, filhos dos X, precisamos nos reinventar.

Se por um lado temos muito dos valores de nossos pais e nos espelhamos nas conquistas obtidas por eles, na outra mão estão a dificuldade em acompanhar tudo o que o mercado nos exige, competir com os mais novos (os Z, no caso) e fazermos o que realmente acreditamos (sempre idealizando...).

Aonde queremos chegar?

Meu perfil é inquieto. Passei por diferentes posições até agora na minha carreira: de frentista de posto de combustíveis, a consultor de negócios. Percebo como isso me beneficiou. O experienciar me abriu muitas portas.

Seja curioso, procure aprender coisas diferentes e não tenha medo de recomeçar! Isso é o início para que você crie a base de habilidades que levarão você longe. É tão bom poder sentar em diferentes mesas e conseguir conversar acerca dos mais variados assuntos... Como diria o poeta Ray Davies, conhecido como líder da banda britânica The Kinks: "I'm not like everybody else".

Recentemente, abri meu currículo para o mercado. Participei de vários processos seletivos e pude escolher a oportunidade mais de acordo com a minha situação atual e anseios. Meu futuro gestor (em breve atualizarei o perfil com o novo cargo) disse que o que mais chamou sua atenção no meu CV foi, também, os cursos já realizados e o meu nível de escolaridade, mas, principalmente, os diferentes tipos de gramado em que joguei. Empresas gostam de profissionais com perfil empreendedor, hands-on. Faço questão de destacar no meu currículo que atuo nas áreas de Comunicação, Marketing e Negócios.

Quando eu estava aproveitando a adolescência, pensava em como eu seria nos meus 30. Com carro novo, dinheiro guardado, viagens, bem-sucedido. Hoje, nos meus 31, ainda estou "tateando" e entendendo esse mercado de trabalho cada vez mais dinâmico. E isso é muito bom!

Meus amigos Y, é preciso adaptação. Não tenhamos medo das mudanças que já fazem parte do nosso cotidiano. Inteligência, todos temos. Use e abuse de aprender tentando, de buscar diferentes experiências e das relações interpessoais.

Álex Cavalcante

► CEO PRODUZA® Neurobusiness, Palestrante, Neuropsicobiomédico, Comunicador e Clínico em Neurociência e Saúde em Neuropsicologia e Psicanálise.

5 a

Parabéns pelo artigo! Reforço coerente ao universo de capacitação, autoconhecimento, de preparo mental e principalmente de responsabilidade na integração de valores e crenças pessoais. Ter em mente sempre pretensões, expectativas e resultados corporativos. Elucidou legal. Abraços!

Roberta Roth

Estratégia de Conteúdo | Marketing B2B | UX | MBA em Neurociência e Consumo

5 a

Adorei e me identifiquei muito com tua percepção. Hoje quando me perguntam o que eu faço, dependendo do nível de intimidade, logo retorno com "o que é que eu NÃO faço?" heheh Inclusive, tenho pensado como a estrutura de currículo atual (ou até mesmo o perfil do linkedin) evidencia uma área só quando a perspectiva é que acumulemos cada vez mais expertises e vontades bem variadas. 

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