Atualize-se: A Chave para a Recolocação Profissional bem-sucedida

Atualize-se: A Chave para a Recolocação Profissional bem-sucedida

Semana passada, tive a oportunidade de participar de uma conversa com Rodrigo Cortés Arango da GoJoby sobre recolocação profissional. Uma das coisas que mais me chocou foi quando ele disse:

"Tenho certeza que a maioria de vocês não atualiza o seu CV há mais de um ano".

Fiquei chocado, porque ele não poderia estar mais correto. Nós estamos acostumados a ser reativos por natureza e acreditamos que o que acontece com muitos dificilmente acontecerá conosco. Acreditamos que um ano ou cinco anos de casa, aliados a uma boa performance, vão garantir nosso futuro dentro de uma empresa. Quão errados estamos e quão alto às vezes é o preço que pagamos por nos considerarmos indispensáveis para a nossa empresa. No final, somos um produto/serviço que a empresa adquiriu e podemos ser dispensados a qualquer momento ou situação, certo? (É triste, e sim você acha que não é o seu caso, este artigo é para você)

O fato de nos vermos como um produto/serviço também nos faz refletir sobre algo que constantemente deixamos de lado: Não somos modelo 2023, no meu caso, sou modelo 1990 e, profissionalmente, 2010. Eu não nasci em um mundo se adaptando à pós-pandemia, nem na era da inteligência artificial. Eu nasci na época do Walkman e longe de entender a internet, contudo, fui me adaptando, me ATUALIZANDO, não deixei que a tecnologia me ultrapassasse, porque entendi que para manter este produto competitivo no mercado, precisava testá-lo inúmeras vezes e precisava que ele se adaptasse a este mundo de constantes mudanças. Pois é, se você ainda não percebeu, estamos em uma corrida contra o tempo, todas as empresas/marcas correndo para serem as primeiras a apresentar algo novo, inovador e capaz de solucionar problemas antes mesmo deles existirem. E você, ainda se apega a esse Walkman por ser mais simples de entender, ou já começou a aproveitar Apple Music ou Spotify para criar podcasts e ir além de apenas ouvir sua playlist favorita? 

Acho que ficou bem claro o quanto é importante se manter atualizado. Agora, como demonstrar que estamos "atualizados" é tão ou mais importante do que a própria atualização. Aqui quero trazer de novo alguns pontos do Rodrigo Cortés Arango

  1. Nosso CV: Já parou para pensar que o importante não é só fazer um currículo bonito, mas um CV prático, claro e conciso? E aqui se aplica muito a frase "Menos é mais". Se você não tiver mais de 10 anos de experiência profissional, seu CV não precisa ter mais de 2 páginas.
  2. LinkedIn: Se você é daquelas pessoas que só atualiza o seu perfil quando fica desempregado ou que vê o Linkedin somente como ferramenta para maior produtividade no seu atual emprego, repense e aja AGORA! Porque já ficou para trás em relação aos seus concorrentes na procura de um novo emprego. O LinkedIn se tornou uma das ferramentas mais poderosas a nível mundial para procurar (e ser encontrado) por recrutadores. Mas, novamente, estamos atualizados nessa ferramenta? Entendemos o algoritmo dela? NÃO. Sabe por quê? Porque a maioria de nós só se interessa por ela quando precisa, e infelizmente é quando precisamos de um novo emprego. E aí, o que estamos divulgando nesta rede social sobre nós nos últimos anos? O que você fez nesses 5 ou mais anos de experiência que diz ter? Está falando do que você fez, sabe fazer e/ou quer fazer nos próximos anos? 
  3. Não é a foto que nos garante um emprego. Sim, esta não é a história da "Betty la Fea" e você não será contratado(a) por ser bonito(a). Inclusive no seu CV nem precisa colocar foto, utilize esse espaço para coisas mais importantes referentes às seus #Skills

Esses e muitos outros pontos foram trazidos por Rodrigo Cortés Arango nesta conversa sobre empregabilidade, onde ele como milhões de outras pessoas ao redor do mundo, aproveitou para falar sobre o #ChatGPT e como utilizar esta potente ferramenta na procura de um novo emprego em uma era em que se fala de inteligência artificial todos os dias e ainda acreditamos que isso não é para nós porque "não é meu campo" ou porque a primeira coisa que consigo associar a este tema desconhecido é: "Não é muito robotizado e é melhor fazer eu mesmo?".

Quero finalizar com o conceito com o qual Rodrigo Cortés Arango iniciou a conversa: o Ikigai. Este é um conceito japonês que une as palavras "iki" (vida) e "gai" (valor ou valor a ser alcançado), e pode ser traduzido como "propósito de vida" ou "razão de ser". O Ikigai é um ponto de interseção entre quatro elementos fundamentais: o que você ama, o que o mundo precisa, o que você é bom em fazer e o que você pode ser remunerado para fazer. Quando você encontra o equilíbrio entre essas quatro áreas, encontra o seu Ikigai, o seu propósito na vida e, neste caso, na sua vida profissional.

Todas as estratégias e ferramentas mencionadas anteriormente para se manter atualizado e competitivo no mercado de trabalho ganham um significado mais profundo quando entendemos e aplicamos o conceito de Ikigai. Encontrar o seu Ikigai implica em encontrar o trabalho que você ama e pelo qual você é apaixonado, o que significa que você não estará apenas trabalhando para viver, mas vivendo para cumprir o seu propósito.

Compreender o seu Ikigai é, portanto, essencial para direcionar os seus esforços na direção certa, para saber o que realmente vale a pena perseguir na sua carreira e na sua vida. Por isso, nada do que foi dito anteriormente faria sentido se não entendêssemos qual é o nosso propósito na vida e, neste caso, na nossa vida profissional. Se você ainda não o encontrou, que tal começar a sua busca pelo Ikigai hoje?

#RecolocaçaoProfissional

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