Consciência negra.
O Brasil é um país negro: 56% da nossa população se autodeclara preta ou parda e três em cada dez pessoas brasileiras são mulheres negras. Paradoxalmente, segundo pesquisa feita pelo Instituto de Referência Negra Peregum e pelo Projeto SETA (Sistema de Educação por uma Transformação Antirracista), 81% das pessoas entrevistadas consideram o Brasil um país racista, mas apenas 11% delas se reconhecem racistas.
Hoje, 20 de novembro, é o Dia Nacional da Consciência Negra. Nessa data, em 1695, Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares, foi morto por bandeirantes liderados por Domingos Jorge Velho. Considerado um dos grandes líderes de nossa história e símbolo da luta contra a escravidão, Zumbi também lutou pela liberdade de culto religioso e pela prática da cultura africana no País.
O Dia da Consciência Negra marca a importância das discussões e ações para combater o racismo e a desigualdade social no país. Remete também aos avanços na luta do povo negro e à celebração da cultura afro-brasileira.
Esse dia ganhou visibilidade, pela primeira vez, em 1971, quando o Grupo Palmares realizou um ato evocando a resistência negra e a luta de Zumbi dos Palmares, no Clube Social Negro Marcílio Dias, em Porto Alegre. Esse grupo promovia estudos de artes, literatura e teatro africano e afro-brasileiro e se contrapunha à celebração de 13 de maio de 1888, data em que a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea, abolindo a escravidão, sem oferecer nenhum direito à população negra brasileira.
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A partir de 1978, o Movimento Negro Unificado (MNU) de São Paulo, que tinha ramificações em várias cidades, aderiu à celebração e ajudou a popularizar a data. Em 1988, nossa constituição federal legislou sobre a discriminação racial e, em 1989, a Lei Caó tipificou o crime de racismo no código penal brasileiro. A Marcha Zumbi – 300 anos, realizada em 1995, foi determinante para dar visibilidade nacional ao Dia da Consciência Negra.
Todavia, há apenas 12 anos, a data foi integrada ao calendário nacional via Lei Federal, mas, até hoje, somente os estados de Alagoas, Amazonas, Amapá, Mato Grosso, Rio de Janeiro e São Paulo instituíram leis locais que tornam o dia de hoje um feriado.
Como anda sua consciência negra?
#justacausa
Eu sou a Neivia Justa, líder ativista corporativa, jornalista, empreendedora, mãe da Luiza e da Julia, influenciadora, professora, palestrante, mentora, consultora, conselheira consultiva e conectora de líderes de propósito, que pensam, se comunicam e agem de maneira consciente, responsável, inclusiva, diversa e inovadora, construindo, assim, um futuro sustentável para todas as pessoas, começando pelas mulheres e meninas. Todas as mulheres e meninas
LIder da Prática ICEO LATAM / Conselheira Consultiva Certificada / Diretora de Transição de Carreira / Master Advisor de Carreira e Mentora / CoachDireto
1 aComo sempre, seus artigos nos permitem esxcelentes reflexões!
Gerente de atendimento na FSB Comunicação/ Consultora de Comunicação /PR/Professora
1 aNo Fórum Brasil Diverso, uma palestrante disse que acha mais justo falar sobre "vagas de reparação" e não de "inclusão". Achei a discussão muito pertinente também. Em relação à pergunta: "como anda minha consciência negra?" Acredito que vivendo num país racista, uma pessoa branca como eu precisa se desconstruir todos os dias. Por menos racistas que julgamos ser, herdamos uma herança horrorosa que faz com que, muitas vezes, e mesmo lutando contra, a gente reproduza vieses. É horrível, mas só admitindo podemos aprender. Precisamos de 365 dias, no ano, de Conscência Negra
Sócia Diretora
1 aExcelente artigo. Parabéns, Neivia
VP HR and Marketing @TOTVS. Unleashing people’s potential, leading and transforming organizations, (CHRO | CMO | ESG | Diversity and Inclusion | Board Member | Mentor | Teacher | Mother)
1 aÓtima reflexão querida amiga! Siga justacausando por aí! O mundo precisa de pessoas mais conscientes!