Construindo relações da sua taba para o mundo. E vice-versa.

Construindo relações da sua taba para o mundo. E vice-versa.

 

Ligar os pontos para aproximar pessoas e ideias.

Após duas semanas de muitas comemorações pelos vinte anos da nossa agência, a AD2M Engenharia de Comunicação, passei por inúmeras situações de encontros, sorrisos, abraços, reuniões e momentos que deixaram para mim ainda mais claro como o conceito de relacionamento, hoje tão valorizado, sempre foi um valor percebido. Só não tinha o nome metido a elegante de hoje, costumeiramente buscado na língua inglesa, muito menos as facilidades de um mundo super conectado. Essa descoberta me fez ver também que o tal networking estratégico foi para mim um companheiro natural desde os tempos de criança.

Com a sabedoria do sertanejo forjado na roça com o sol na moleira e pouco estudo formal, mas um tremendo conhecimento de vida, meu saudoso pai desde cedo me brindou com o melhor dos ditados populares para me ensinar as coisas. Um dos que ele sempre me chamava a atenção era: “Quando chegar nos cantos, você precisa saber falar do porteiro ao presidente.”

Um conversador e contador de causos por natureza, Seu Vicente seria fácil um sucesso em tempos de redes sociais, quiçá um influenciador digital e um tremendo articulador com sua habilidade para conhecer nomes, lembrar das fisionomias e de particularidades dos seus interlocutores. E, o melhor, sempre com uma maneira de apresentá-los uns aos outros ou fazê-los descobrir afinidades entre si. Era um relações públicas por excelência!

No entanto, longe ser inata, a habilidade de se relacionar bem é algo que pode ser construído e melhorado por qualquer pessoa, independente de timidez ou estilo de vida. O importante é, antes de tudo, exercitar características tão simples como gentileza, atenção à pessoa com quem se fala, conhecimento dos diversos códigos de onde se está circulando, capacidade de ouvir e se colocar no lugar do outro e aquela sincera vontade de colaborar com o próximo, se fazer útil, em sua acepção mais ampla.

Para ajudar quem quer exercitar de uma maneira simples essa habilidade, indico um livro muito bacana que me foi presenteado pelo meu querido amigo Aristides Cavalcante, exímio baterista e meu dileto professor, chamado “Contatos para a Vida Inteira”, de Tim Templeton. Nele, encontram-se excelentes caminhos para se colocar os relacionamentos em lugar de destaque em nossas vidas e exemplos de como isso traz bons frutos. Claro, quanto mais natural você se relaciona, mais autênticos e duradouros são esses contatos e mais benefícios sinceros você colherá.

Lembrando que hoje temos as redes sociais como uma aliada incondicional e nos oferecendo um leque de possibilidades para exercitar as habilidades do bom relacionamento, ampliar o universo de pessoas com as quais podemos encontrar afinidades, fazer amizades, compartilhar conhecimentos e sentimentos, e até mesmo fazer negócios. É aí que me lembro de passagens juvenis que só reforçam o que falei no começo, o desejo de se relacionar bem vem desde que o homem surgiu. Em plenos anos 1980, poucos devem recordar disso, eu me correspondia com outros jovens dos mais diferentes países nos então famosos Pen-pal Friends Program, os amigos por correspondência, em cartinha de papel mesmo. Por anos escrevi e recebi cartas de pessoas de vários países, com inúmeras afinidades comigo e com as quais mantive um bom contato de amizade à distância que em tempos de Facebook só demonstram que a mudança foi só na plataforma.

A verdade é que cultivei maravilhosos relacionamentos, mas durante muito tempo de uma maneira empírica. Foi assim em minha vida pessoal e na trajetória profissional, me espelhando no que via em casa com meu pai. Acabei trazendo isso para a AD2M, onde encontrei nos meus sócios uma sincera atenção em relação a isso, ainda que de uma maneira menos, como posso dizer, “expansiva”, do que eu.

Juntos, temos aplicado na prática a máxima de que articular relações, apresentar pessoas, unir instituições, ajudar a construir ou divulgar boas histórias pessoais e empresariais são um ativo importante que nos garantem não apenas longevidade no mercado, mas, acima de tudo, a certeza de estarmos plantando boas sementes para árvores mais frondosas (e bondosas) nas relações entre aqueles com os quais lidamos todos os dias.

Apropriando-me da célebre frase de Tolstoi – “se queres ser universal começa por pintar a tua aldeia”, se você quer construir boas relações e “ganhar o mundo”, uma boa maneira de começar é cultivando e cativando as que estão mais próximas de você. Os resultados virão com a velocidade de alguns cliques.

Rafael Ayala

Analista de Comunicação na Coordenadoria de Imprensa do Governo do Estado do Ceará

8 a

Belo texto, meu amigo Mauro Costa Plane. Pelo que vi, tu aprendeste bem demais com teu pai e mestre, viu? Tu és a gentileza em pessoa! Forte abraço!

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