Consultas, exames, protocolos e procedimentos...
Uma doença grave, ameaçadora da vida, necessita de atenção e de uma verdadeira maratona de intervenções.
Ainda que seja assim, o paciente não se resume ao seu diagnóstico ou a sua doença.
Quando se vê apenas o corpo doente, a pessoa pode acabar reduzida a órgãos, números e prontuários.
Uma pessoa é muito maior que isso. A doença é apenas uma parte de sua vida. Não ocupa todo o palco.
É fundamental que o tratamento médico seja conduzido de modo eficiente, enfim, que o corpo seja cuidado. E é igualmente importante que o paciente seja Visto e Ouvido em sua totalidade. Mas visto de verdade!
Olho no olho. Presença. Contemplado com atenção legítima e escutado com interesse e curiosidade empática.
Nos consultórios de psicologia, um dos sofrimentos mais relatados por pacientes que se encontram em tratamento de doenças graves, é se sentirem invisíveis e não serem verdadeiramente escutados.
Vale dizer que Enxergar e Ouvir uma pessoa com uma doença ameaçadora da vida, não cabe apenas aos profissionais de saúde.
Qualquer um que conviva com alguém nessa condição, pode ampliar sua compreensão de que a pessoa não se resume à doença. Há toda uma vida para além disso.
Pare, pergunte, escute, se interesse genuinamente, converse, dê risada, passeie. Con(viva)!