Conversas Difíceis no Trabalho: arte de combinar planejamento e empatia

Conversas Difíceis no Trabalho: arte de combinar planejamento e empatia

Hoje, quero falar sobre um aspecto da liderança que, embora desafiador, é muito importante: as conversas difíceis. Seja para ajustar condutas visando um melhor desempenho, discutir denúncias de assédio ou realizar demissões, essas conversas são inevitáveis e, quando bem conduzidas, podem transformar a dinâmica de uma equipe e fortalecer a cultura organizacional.

Você já passou pela experiência de conduzir conversas difíceis? Eu, sim! Confesso que naquelas em que agi sob o impulso do momento, foram poucas porque não sou impulsiva, resultaram um saldo negativo.

Deixe-me compartilhar um pouco da minha experiência. Ao longo da minha carreira, já me deparei com diversas situações em que precisei ter essas conversas difíceis. Lembro-me de um caso específico em que tive que abordar uma denúncia de assédio. Foi um momento delicado, que exigiu de mim não apenas coragem, mas também um planejamento cuidadoso e um roteiro bem estruturado baseado nas normas de conduta ética da empresa.

É um momento em que é necessário ser firme, o que não significa ser arrogante ou autoritário. O papel da liderança nesses casos é garantir lisura no processo e não permitir que distrações ou evasivas distorçam os objetivos da situação.

O que aprendi é que o planejamento prévio é essencial. Antes de qualquer conversa difícil, dedico tempo para entender todos os aspectos da situação. Isso envolve revisar políticas internas, reunir fatos e, principalmente, refletir sobre o impacto que a conversa terá no indivíduo e na equipe. Ter um roteiro não significa seguir um roteiro rígido, mas sim ter clareza sobre os pontos que precisam ser abordados e os objetivos que se deseja alcançar.

Ouvir as pessoas com atenção a todos os detalhes: tom de voz, vocabulário, posturas, aspectos verbais e não-verbais precisam ser considerados durante uma conversa difícil porque várias emoções podem emergir...

Considerar a empatia é fundamental elemento do planejamento. Durante essas conversas, procuro me colocar no lugar da outra pessoa, ouvir ativamente e mostrar que estou ali para ajudar, não para julgar. Isso cria um ambiente de confiança e abertura, facilitando o diálogo e a busca por soluções.

Por exemplo, ao ajustar condutas para melhorar o desempenho, é importante focar nos comportamentos e resultados, não na pessoa. Oferecer feedback construtivo e suporte para o desenvolvimento pode transformar uma conversa potencialmente negativa em uma oportunidade de crescimento.

Nas situações de demissão, o planejamento se torna ainda mais crucial. É necessário ser claro e direto, mas também humano e respeitoso. Garantir que a pessoa entenda os motivos e oferecer suporte na transição pode fazer toda a diferença na forma como a decisão é recebida.

Em suma, as conversas difíceis são parte integrante da liderança eficaz. Quando planejadas e conduzidas com empatia e ética, elas não apenas resolvem problemas imediatos, mas também promovem um ambiente de trabalho mais saudável e colaborativo. Convido todos os líderes a abraçarem essa responsabilidade com coragem e cuidado, pois são nesses momentos que podemos realmente fazer a diferença.

E aí? Concorda com a minha forma de ver a conversa difícil? Comente sua experiência. Compartilhe com alguém que também precisa ter conversas difíceis no trabalho.

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