Core Skills para a retomada
O mundo não será mais o mesmo
Se pararmos para analisar os impactos do COVID-19 sob uma visão holística perceberemos que tudo foi impactado e tudo deverá ser ressignificado.
Não se trata somente de um vírus que acomete nosso organismo individualmente. Todo um sistema adoece com a pandemia.
Temos sistemas de saúde que estão sobrecarregados e não conseguem atender, de maneira eficaz e eficiente, os pacientes, uma vez que não há recursos, tecnologias e investimentos para suprir essa necessidade.
Nosso sistema logístico teve que redesenhar suas estratégias para garantir o fornecimento de insumos essenciais sem colocar em risco a equipe e sem espalhar o vírus no manuseio, transporte e alocação desses recursos.
O sistema educacional foi obrigado a se atualizar para que alunos de diferentes níveis de ensino não fossem prejudicados. De certa forma, algo positivo, já que nosso modelo educacional foi projetado para atender as necessidades da Primeira Revolução Industrial. Olha quanta coisa mudou desde então!
Sem falar do comércio, da economia do país e da nossa infraestrutura. O Brasil não estava preparado para acompanhar mudanças significativas em muitos setores. Não temos autonomia para acompanhar todas as transformações necessárias, nos faltam recursos, acessibilidade, apoio governamental, estímulos científicos, entre muitas outras coisas que nos deixam bem atrás dessa luta contra o COVID-19 e da nossa adaptação nesse cenário repleto de agentes estressores.
Mas, que aprendizado tiramos disso tudo?
Empresas que estavam à frente no quesito tecnologia ganharam mais força, consolidaram-se e permaneceram competitivas.
Além disso, as empresas que focam em valores e nas necessidades humanas mais básicas – mais na base da Pirâmide de Maslow – tiveram suas estruturas quase que inabaladas (figura abaixo).
No geral, as empresas perceberam que um plano de contingência deve contemplar essa realidade e propor medidas apropriadas para responder à crise e garantir a continuidade das operações. A atenção foi direcionada para o gerenciamento de crises e atuação em oportunidades para uma retomada sustentável e todos os processos deverão ser reconfigurados, bem como as estratégias redefinidas, para o novo normal.
E o que levamos disso tudo?
Da mesma forma que as empresas, precisamos nos preparar para a retomada!
· Mantenha o equilíbrio para sobreviver à tanta pressão;
· “Aproveite o tempo” para aprimorar suas habilidades e desenvolver novas competências;
· Defina estratégias para se posicionar e conseguir alavancar sua carreira ou conquistar uma oportunidade de emprego.
Você deve estar se perguntando: Quais competências são necessárias agora? Quais estratégias devo adotar?
O que realmente interessa?
Para entregar os resultados que as organizações desejam temos que estar preparados para os desafios atuais.
Independente da origem das mudanças – tecnológicas ou biológicas – temos novas realidades. Logo, temos novas necessidades.
Então, como se destacar em um contexto repleto de mudanças disruptivas e exponenciais?
Essa questão, com certeza, já passou pela sua cabeça!
Nessa situação, precisamos estar dispostos a aprender, quebrar paradigmas e estar atentos às demandas do mercado.
Como fazer isso?
Você deve prezar pelo seu desenvolvimento contínuo, ser um lifelong learner, não se limitando aos estudos tradicionais em ambientes escolares convencionais. Não há cursos que te preparam na mesma velocidade que os novos desafios emergem. Leia livros, acesse e aprenda com sites, blogs e redes sociais de pessoas que são referência na sua área, acompanhem as tendências, situe-se no panorama atual.
Dito isso, você precisa desenvolver as Core Skills para sobreviver e se destacar:
1. Inteligência emocional: ter autoconhecimento, saber como lidar com pressão e com mudanças, gerir hábitos e emoções. Se conectar com si próprio e reconhecer seus limites.
2. Criatividade: buscar novas soluções para os novos desafios diários que devem ser enfrentados. Ousar, criar algo novo, fora dos padrões atuais. Até porque os atuais não fazem o menor sentido mais, não é?
3. Self-learner: expressão bonita para autoaprendiz. Aprender a aprender, sendo protagonista do seu desenvolvimento contínuo e não se esquecendo de que todo aprendizado só é útil quando praticado.
4. Tecno-simbiose: trata da capacidade de interação humana com a tecnologia. Nada de robôs como o 'Exterminador do Futuro', mas de tecnologias que estão nos computadores e smartphones...aquelas que facilitam nossas vidas e ajudam a entregar as soluções que o mundo espera de nós.
E o mais importante. Não deixe de lado a única característica que nos diferencia das máquinas e que irá impedir que percamos nosso lugar para elas – a nossa HUMANIDADE.
LinkedIN Top Voice | Gestora de Talentos | O&G | Headhunter | DHO | Palestrante | Master Coach | Treinadora | Mentora de Carreira | Analista Comportamental DISC | @fernanda_mathias
4 aO mundo está evoluindo em uma rapidez estonteante, um ponto que parece inquestionável é a necessidade de nos prepararmos para um aprendizado contínuo. Excelente artigo, Andreza.
Gerente Financeiro | Coordenador Financeiro | FP&A| Planejamento Financeiro | Especialista em Finanças |Gestão Financeira| Orçamento| Fluxo de Caixa |Contas a Pagar a Receber| Gerente Administrativo | Gestão de Pessoas
4 aRealmente foi tudo tão rápido que tem horas que ficamos fadigados, mas precisamos nos abastecer de informações como essas, tão bem externadas, em sua publicação. Excelente texto!
Especialista em Recrutamento e Seleção | Consultora de RH | Psicóloga | Tech Recruiter | IT Recruiter | Recrutadora | Headhunter
4 aAndreza, às vezes me sinto atropelada por essa nova realidade. Ela chegou sem pedir licença, questionando nossas certezas e habilidades. As transformações que iriam acontecer de forma gradual, se tornaram urgentes. Você expressou isso muito bem no seu texto. Atrelada a Inteligência Emocional e a Criatividades eu acrescentaria à Resolução de Problemas Complexos, habilidade que se tornou muito valorizada nesse momento. Parabéns pelo texto!