Covid Credit, o poder do Open Banking na pandemia
Danilo Henrique de Camargo
Head of Product | Group Product Manager | Fintech | Banking | Open Finance | Payments
“A partir desta noite, devo dar aos britânicos uma instrução muito simples: devem ficar em casa”, afirmou Johnson em pronunciamento à nação, no momento em que o Reino Unido contabiliza 335 mortos pela Covid-19 e 6.650 casos confirmados, embora o número de possíveis infectados seja de, pelo menos, 55 mil.
Além do tardio discurso sobre a quarentena britânica, o primeiro ministro Boris Jhonson também anunciou importantes medidas no velho continente no âmbito econômico como, proporcionar o pagamento de 80% do salário dos trabalhadores diretamente afetados com a pandemia com um generoso teto de £ 2.500 por mês e também o adiamento do pagamento de impostos para empresas até o final de junho.
Porém, ficou ainda a questão de proteger uma fatia importantíssima do Reino Unido de cerca de 5 milhões de pequenas empresas e profissionais autônomos responsáveis por injetar £ 275 bilhões à economia do Reino Unido.
Pensando nos reflexos negativos que podem afetar o velho continente com a falta de receita para esses trabalhadores, um grupo formado por colaboradores da Fronted, 11: FS e a Credit Kudos se uniram de forma remota desde a tarde da ultima sexta-feira (20/03) e durante apenas um final de semana de trabalho lançaram o primeiro produto fintech exclusivo para essa crise.
Covid Credit
Consiste em um portal que com o poder do Open Banking permite que um autônomo se auto certifique e comprove sua perda de renda devido ao coronavírus. O serviço usa o sistema bancário aberto para coletar os doze últimos meses de dados bancários e histórico, comprovando renda anterior e prevendo perdas futuras de receita imprimindo um documento de auto certificação.
Embora ainda não tenham recebido um sinal verde do governo, os idealizadores acreditam que com essa ferramenta os bancos poderiam liberar empréstimos mais rapidamente para as empresas, o que significa que os empreendedores poderiam se recuperar mais rapidamente.
Em poucas horas ativo o serviço já conta com mais de 300 cadastros. Esse é um dos primeiros exemplos de fintechs do Reino Unido e do mundo se unindo em questão de dias com a intenção de combater os efeitos colaterais que o vírus está deixando na economia.