Crenças limitantes e a confiança a ser construída
Foto site anbima.com.br Legenda: Avestruz com a cabeça enterrada.

Crenças limitantes e a confiança a ser construída

O ano é 2002, eu estava cursando Administração na Universidade de Santa Cruz do Sul, e na época pensava em fazer habilitação em marketing. A disciplina era Administração Mercadológica e a matéria os 4 P´s do Marketing. Estávamos apresentando um trabalho em grupo, e eu havia ficado com o Marketing de Penetração.

O que não havia comentado com os colegas era a minha timidez e medo de falar em público. Uma condição que eu reafirmava, de que não conseguia e que isso não era para mim. Resumindo este episódio trágico e extremamente importante da minha vida (pessoal e acadêmica), tive uma crise de riso durante a apresentação, gagueira e fui motivo de chacota óbvia pela turma, frustrando as expectativas dos colegas quanto a nota do trabalho.

Essa apresentação poderia ter sido minha derrocada, e eu ter pego as crenças limitantes (de que não conseguia ou que isso não era para mim) e ter me tornado uma pessoa medíocre, incapaz de seguir ou até desistir da graduação naquele momento.

Minha vontade era de ser uma avestruz, todas as células do corpo pediam por isso, entretanto, após uma noite de sono, falei com o Vinícius que era meu Supervisor de Depto. Pessoal na época e comecei a auxiliar e ministrar as Integrações de funcionários safristas (temporários). Fácil não foi, mas oriundo disso eu cheguei a trabalhar como instrutora, palestrante, depois Administradora de Recursos Humanos com coordenação de equipes. E como fiz isso?

Autoconhecimento: Quando estamos indo para a “Guerra” é fundamental que saibamos o chão que pisamos. Conhecer suas limitações e identificar quais realmente são suas e quais foram impostas a você pelo meio ou por situações que viveu. *No caso da minha timidez, era uma insegurança que vinha desde a infância e uma forte síndrome do impostor.

Busque ajuda, se necessário: Temos excelentes profissionais que podem ajudar com isso: psicólogos, coachings, pai, mãe, cachorro, papagaio.

Enfrente o problema: Não adianta esconder-se na terra como uma avestruz, isso não vai ajudar em nada o seu crescimento, nem pessoal e tão pouco profissional. No meu caso contei com o apoio e paciência dos colegas de trabalho e sou muito grata a eles desde sempre.

Conhecimento nunca é demais: Investi e ainda invisto muito em mim, e meu conhecimento. Cursos diversos, principalmente de comunicação fizeram toda diferença.

Porque eu resolvi escrever isso?

Porque eu preciso me lembrar que eu posso, se quiser, fazer qualquer coisa. E mais que isso, você também pode. Mas precisamos, felizmente, passar por um doloroso processo de transformação.  

Atualmente como bancária me descobri no mundo financeiro, porém esta primeira etapa há tantos anos (quase 20) me trouxe até aqui. Me ajudou a crescer e comunicar-me com o publico, falar em vídeo ou em texto sem medo de expor, e com a certeza que todos somos passiveis de melhorias. E se você gostou desta história, tenho muitas outras para contar, deixa seu comentário aqui para eu saber a sua opinião.

"Conhecer os seus limites é o início do crescimento"
Fernanda Machado
Graziela Lima Morais, CEA.

Assessor de relacionamento | Itaú Unibanco

2 a

Texto inspirador, Fê! Xô complexo de avestruz, patinho feio e todos os outros. 🥰

Pablo Andrade

Gerente de Agronegócios | Banrisul

3 a

Artigo de primeira Fernanda Machado!!! Autoconhecimento é a chave para a construção de base sólida que aumente a confiança. Parabéns 👏

Lucas Barbosa Machado

Analista Audiovisual no SENAI-RS

3 a

...e então ela tem a noção concreta da capacidade que tem e onde pode chegar.

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