CRIANÇA E INFÂNCIA, PERCEPÇÕES DE MUNDOS DIVERGENTES.
Podemos dizer teoricamente que criança pode ser definida como ser humano no inicio do desenvolvimento, diferentemente de infância que seria o período de desenvolvimento inicial do ser.
A grosso modo em cada período da humanidade tivemos métodos diferenciado para tal desenvolvimento, no inicio criança era apenas definida como um pequeno adulto, onde em muitos períodos tal período era curto como por exemplo em Esparta onde a “criança” desde cedo era criada para a guerra, poucos neste período possuíam qualquer tipo de educação intelectual, por outro lado no período do renascimento tivemos vemos uma nova concepção de criança, onde na teoria o ser deixava de ser um pequeno adulto e era tratado como criança onde deveriam ter tal período como tempo de aprender e se divertir, preservando assim a inocência e iniciando a sua preparação para o mundo adulto, porém durante a revolução industrial a criança novamente perde o seu papel de criança e torna-se apenas um trabalhador, na teoria volta ser um adulto, porém na pratica torna-se apenas mais uma mão de obra.
Felizmente nos dias de hoje a criança “voltou” a ter o direito de ser criança porém isto depende muito da sua classe social e regionalidade, ou seja, o termo criança na prática é utilizado apenas pra um ser pequeno, sendo literalmente um ser humano no período inicial de desenvolvimento não importando qual será este tipo de desenvolvimento.
Podemos dizer que a prática é diferente para cada criança, o que vemos são situações extremas, onde vemos crianças que podem ter o privilégio de apenas estudar e se divertir, outras que tem apenas a obrigação do trabalho, muitas vezes se sentem obrigadas a tal por ver a situação dos pais. Mesmo dentre entre dois extremos temos uma gama de diferenças, dentre os “mais privilegiados” podemos ver tal diferenciação, visto que alguns tem o que podemos chamar de "maior privilégio" e uma educação mais completa onde se perde o período de diversão e descontração e isso vem ocorrendo desde a primeira fase da infância, do mesmo modo temos aqueles não precisam trabalhar e possuem um estudo de menor qualidade, sem tais obrigações de estudo, onde o período de diversão é maior, ou seja, no lado "privilegiado" já temos um total desequilíbrio em sua grande maioria.
Já no outro extremo temos crianças impossibilitadas de estudar por terem de focar no trabalho para ajudar no sustento da família e as que trabalham e estudam, estes mais predominantes nas regiões mais pobres do país (norte e nordeste) e regiões periféricas.
Em suma podemos ver que mesmo nos dias de hoje não temos mais o período de infância pois desde cedo temos seres sendo preparados apenas para ser adultos, sem aproveitar a beleza da infância ou até mesmo já sendo “adultos” desde cedo.
É interessante frisar o modo o qual o ambiente altera a definição de mundo, de cansaço, de dificuldade para cada criança, enquanto algumas querem ter mais tempo para brincar, outras querem mais tempo para estudar e outras tempo para trabalhar mais, destarte, podemos entender que a questão é mais regional, cultural e sociológica do que educacional.
No fim sempre ficamos com uma questão, mesmo sabendo a resposta, o que é mais importante, a criança simplesmente ser preparada para o mundo adulto sendo um mini adulto ou deixarmos elas serem crianças?
O que queremos como pais? Que nossos filhos sejam felizes ou que eles possam ter maiores chances de um melhor futuro financeiro/intelectual?
O que queremos para nossas crianças como educadores? Que sejam felizes ou que eles possam ter maiores chances de um futuro melhor financeiro/intelectual?